Deslumbrada pela condução
Desde miúda que tenho esta pancada. Bem, agora um pouco menos...
Lembro-me de ter menos de 5 anos e ir sentada no chão da parte de trás do carro do meu Pai, com uma perna por baixo de cada um dos bancos da frente e as mãos agarradas ao meu volante, que era uma peça em metal entre os bancos onde se prendiam os cintos de segurança.
Lembro-me que com cerca de 11 anos ser tão chata, tão chata, que consegui convencer o meu Avô a levar-me a um campo de futebol de terra batida e a deixar-me conduzir o seu Fiat 127 amarelo, sentada ao colo dele.
E lembro-me de durante a adolescência ter sonhos e sonhos, para não dizer pesadelos, em que conduzia carros que não conseguia travar, em ruas íngremes que nunca tinham fim à vista.
Quando finalmente tirei a carta de condução, não descansei enquanto não pude comprar o meu primeiro carro. E o entusiasmo era tal que, durante os primeiros dias em que o tive, até acordava mais cedo para ir trabalhar, porque ia a conduzir.
Mais tarde o gosto de conduzir transformou-se em gosto por carros em geral. Acho que fui a única rapariga do meu grupo de amigos que conhecia o número de cavalos e a cilindrada do carro que conduzia, para além da largura dos pneus e essas outras coisas que impressionam.
Tenho a impressão de que estou a transmitir estes meus gostos ao meu filho, o Migas, que tem agora três anos. No outro dia disse-me que ele era a mamã, eu era o filho e ele ía levar-me à escola - de carro, está claro! Sentou-se no chão à frente do seu volante e fez-me sentar atrás dele. Pôs-me o cinto de segurança (tchc!), em seguida o cinto de segurança dele (tchc!) e lá fomos nós... Uns dez metros à frente, o Migas deu uma valente apitadela e berrou: Ó pá, PASSA! Senti-me a corar, mas por outro lado fiquei aliviada. Ainda bem que não digo palavrões!
Lembro-me de ter menos de 5 anos e ir sentada no chão da parte de trás do carro do meu Pai, com uma perna por baixo de cada um dos bancos da frente e as mãos agarradas ao meu volante, que era uma peça em metal entre os bancos onde se prendiam os cintos de segurança.
Lembro-me que com cerca de 11 anos ser tão chata, tão chata, que consegui convencer o meu Avô a levar-me a um campo de futebol de terra batida e a deixar-me conduzir o seu Fiat 127 amarelo, sentada ao colo dele.
E lembro-me de durante a adolescência ter sonhos e sonhos, para não dizer pesadelos, em que conduzia carros que não conseguia travar, em ruas íngremes que nunca tinham fim à vista.
Quando finalmente tirei a carta de condução, não descansei enquanto não pude comprar o meu primeiro carro. E o entusiasmo era tal que, durante os primeiros dias em que o tive, até acordava mais cedo para ir trabalhar, porque ia a conduzir.
Mais tarde o gosto de conduzir transformou-se em gosto por carros em geral. Acho que fui a única rapariga do meu grupo de amigos que conhecia o número de cavalos e a cilindrada do carro que conduzia, para além da largura dos pneus e essas outras coisas que impressionam.
Tenho a impressão de que estou a transmitir estes meus gostos ao meu filho, o Migas, que tem agora três anos. No outro dia disse-me que ele era a mamã, eu era o filho e ele ía levar-me à escola - de carro, está claro! Sentou-se no chão à frente do seu volante e fez-me sentar atrás dele. Pôs-me o cinto de segurança (tchc!), em seguida o cinto de segurança dele (tchc!) e lá fomos nós... Uns dez metros à frente, o Migas deu uma valente apitadela e berrou: Ó pá, PASSA! Senti-me a corar, mas por outro lado fiquei aliviada. Ainda bem que não digo palavrões!
5 Comments:
Eh, eh, miúdo giro!
Beijos
É, não é? (Estou a babar?)
Com uma saída dessas é impossível não babar.
Fico sempre impressionada com a velocidade com que nós, humanos, pequenas crias desprotegidas, apanhamos os vícios e hábitos dos adultos tao depressa. A parte do cinto de seguranca tb estava fantástica, e as "palavras" que tu dizes... ai ai ai! Os miudos realmente sao fantásticos!
Obrigada por todos os comentários. Estou certa de que as histórias do meu Migas serão sempre um sucesso neste blog. Aguardem...
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