Educação ambiental
Primeiro foi o IKEA. De acordo com as políticas ambientalistas da fundação que gere as lojas, cada saco de plástico do IKEA passou a custar € 0,20, para incentivar as pessoas ao uso do saco reutilizável.
Depois foi o Carrefour, que optou pela mesma estratégia. Deixou fornecer sacos de plástico não recicláveis aos clientes e eu passei a andar com um caixote dobrável no carro e vários sacos reutilizáveis, para cada vez que ia ao hiper-mercado.
Finalmente, aos poucos, o Cora tenta convencer os seus clientes da mesma estratégia.
O Cora é um hiper-mercado super manhoso – apesar de ser de origem francesa - aonde vou uma vez por mês comprar três coisas: chocolates em barra (da deliciosa marca Milka, mas diferentes dos que se encontram em Portugal, onde só há barras fininhas), leite marca Cora (porque é simplesmente o leite meio-gordo mais delicioso que já alguma vez provei) e gasolina (encho o depósito do carro uma vez por mês com a gasolina garantidamente mais barata de Bruxelas). Acreditem que se trata de três muito boas razões. É que a clientela do Cora é essencialmente composta por belgas mal-cheirosos e árabes mal-cheirosos. Do género que nos leva a evitar inspirar de cada vez que nos cruzamos com os outros clientes.
Na última vez que fui ao Cora, como sempre, das vinte e tal caixas disponíveis só estavam a funcionar dez, com filas até meio dos corredores. Mas lá descobri uma que não tinha quase ninguém e a ela me dirigi, verificando que se tratava de uma caixa ecológica, ou seja, que não fornecia sacos de plástico, mas onde se podia comprar sacos reutilizáveis.
Antes de começar a pôr as minhas compras na passadeira da caixa, o caixeiro chamou-me a atenção para o facto de que se tratava de uma caixa ecológica. Eu agradeci e disse-lhe que já tinha percebido.
A fila avançou e o caixeiro voltou a fazer o mesmo aviso para o cliente que estava atrás de mim, cujo ar buçal me abstenho de descrever. O homem, de olhos esbugalhados, lá processou a mensagem do caixeiro, reflectiu e ripostou:
- Então e eu não posso ir buscar sacos de plástico à caixa ao lado depois de lhe pagar?
E logo a resposta pronta do caixeiro:
- Se for honesto, não!
Depois foi o Carrefour, que optou pela mesma estratégia. Deixou fornecer sacos de plástico não recicláveis aos clientes e eu passei a andar com um caixote dobrável no carro e vários sacos reutilizáveis, para cada vez que ia ao hiper-mercado.
Finalmente, aos poucos, o Cora tenta convencer os seus clientes da mesma estratégia.
O Cora é um hiper-mercado super manhoso – apesar de ser de origem francesa - aonde vou uma vez por mês comprar três coisas: chocolates em barra (da deliciosa marca Milka, mas diferentes dos que se encontram em Portugal, onde só há barras fininhas), leite marca Cora (porque é simplesmente o leite meio-gordo mais delicioso que já alguma vez provei) e gasolina (encho o depósito do carro uma vez por mês com a gasolina garantidamente mais barata de Bruxelas). Acreditem que se trata de três muito boas razões. É que a clientela do Cora é essencialmente composta por belgas mal-cheirosos e árabes mal-cheirosos. Do género que nos leva a evitar inspirar de cada vez que nos cruzamos com os outros clientes.
Na última vez que fui ao Cora, como sempre, das vinte e tal caixas disponíveis só estavam a funcionar dez, com filas até meio dos corredores. Mas lá descobri uma que não tinha quase ninguém e a ela me dirigi, verificando que se tratava de uma caixa ecológica, ou seja, que não fornecia sacos de plástico, mas onde se podia comprar sacos reutilizáveis.
Antes de começar a pôr as minhas compras na passadeira da caixa, o caixeiro chamou-me a atenção para o facto de que se tratava de uma caixa ecológica. Eu agradeci e disse-lhe que já tinha percebido.
A fila avançou e o caixeiro voltou a fazer o mesmo aviso para o cliente que estava atrás de mim, cujo ar buçal me abstenho de descrever. O homem, de olhos esbugalhados, lá processou a mensagem do caixeiro, reflectiu e ripostou:
- Então e eu não posso ir buscar sacos de plástico à caixa ao lado depois de lhe pagar?
E logo a resposta pronta do caixeiro:
- Se for honesto, não!
O cliente engoliu em seco face a tal frontalidade, retirou as suas compras da passadeira daquela caixa e lá foi para a fila da caixa ao lado, que ia até meio do corredor.
13 Comments:
Eu já nem falo da natureza, mas do pouco valor que as pessoas dão ao ... tempo! (Não falo na natureza porque, para mim, já nem deveria ser necessário falar, a não ser para fazer poesia e outras formas de arte!)
Beijos e bom fim-de-semana
Espero que, mais tarde ou mais cedo (que seja mais cedo) os hipers daqui da terrinha lusitana imitem essas iniciativas. Nada me preocupa tanto como o ambiente, por ver que - tal como diz a Pitucha - já nem devia ser preciso falar disso, mas infelizmente ainda é. E muito.
Realmente, essa de ir buscar sacos à caixa ao lado é digna de Portuga!
Mas o funcionário da caixa pôs o gajo na linha com uma classe...
:)))))))))))))))))))))))))))))
Mas isto é tudo uma questão de mentalidade.
Eu gosto de fazer as compras no Jumbo mas lá são as funcionárias das caixas que arrumam as compras nos sacos. Normalmente, colocam 2 ou 3 artigos por saco.
Mas quando eu reclamo que podiam por mais coisas em cada saco, ficam a olhar para mim de esguelha, como se eu fosse um "ser muito estranho"...
Eu costumo reutilizar sacos.
Ando sempre com alguns de supermercados de "gabarito" e assim ninguém precisa de saber que sou pobre e vim agora do Minipreço ou do Lidl. Já basta a depressão de atravessar aqueles corredores...
E ainda contribuo para um mundo melhor!
Beijinhos
O Planeta já está atrasado vinte anos em questões de reciclagem.
Avançar a todo o gás, é o que se pede.
Um abraço.
concordo com a JVC...e acrescento que isso é mesmo à Tuga!
Também concordo com a JVC. No outro dia também disse que não queria mais sacos, bastavam-se os suficientes para caber tudo, usando o saco até cima. Tive direito a um olhar tipo "Se podes levar mais sem pagar porque essa atitude auto-flageladora?"
Pois essa de ir buscar os sacos à caixa do lado parece que não é só apanágio dos tugas xico espertos...
Beijinhos e continuação de boa educação verde.
De facto é de chicos espertos, mas apraz-me saber que não só os portugueses, exsitem mais assim !
:)
Educar é necessário e não só cá.
Eu costumo andar com uns sacos reutilizáveis na bagageira, pois já me aconteceu cá ter de pagar pelos sacos.
Nota: só nesta terra é que os sacos não são recicláveis! No nosso país tuga pode-se reciclar muito mais coisas: sacos do supermercado, caixas de iogurte, aerossóis não alimentares! Neste país evoluído no coração da europa o lixo põe-se no chão da rua e ninguém recicla como deve de ser, tal é o à vontade com que cejo as pessoas "pseudo-informadas" como biólogos ambientalistas porém no lixo normal papel e plástico reciclável! Belgas!
Quanto à frontalidade e honestidade.... mmmm... ambas sabemos que é um tema manhoso, não é?
P.S. Em Portugal há muito que há sacos reutilizáveis nos supermercados. No LIDL também se pagam!
P.S.2- eu aqui se não tiver sacos do supermercado não tenho hipótese de fechar o lixo! É que como o tenho que manter dentro de casa (que porcaria) até ao dia de recolha (feita saco a saco no meio da rua, que porcaria.....) e não encho um saco oficial de uma só vez (apesar de eu usar os de menor capacidade), preciso dos outros para ir fechando o lixo!
P.S.3- pareci muito zangada? é que esta história do lixo passa-me!
Não fazia ideia de que os sacos de super-mercado podiam ser recicláveis...
E não tens uma varandinha para arejares o lixo? Tenho uma solução para o teu problema, mas não posso dá-la publicamente...
Pareceste um bocadinho zangada, de facto, mas como até tens graça e não é comigo que estás zangada, no problem!
Beijola
Tá giro. Por acaso também tenho uma prima a viver em Bruzelas (eu sei que é com "x", mas da primeira vez enganei-me e decidi não corrigir porque acho que fica mais engraçado). Hahaha... ok, desculpem. Uma coisa que achei engraçado foi como conseguiste chamar mal-cheirosos aos árabes sem que te possam acusar de racista, uma vez que começaste por caracterizar os clientes belgas da mesma maneira. Não estou a dizer que a tua intenção era fazer um comentário racista, mas tenho a certeza de que se só referisses árabes ia dar muito mau aspecto.
Ia falar da relação dos sacos de plástico com o lixo mas reparei que a Nocas se tinha antecipado. É verdade, alguém vai ter de propor uma alternativa ecológica para guardar o lixo. E entretanto lembrei-me de que há uns anos fui visitar um colega da universidade que estava a viver na Holanda e tinham um sistema um pouco diferente para o lixo. Acho que a ideia era colocar um lixo num saco próprio que devia fechar muito bem porque o lixo só era recolhido semanalmente ou quinzenalmente. Pelo que percebi o lixo ia-se decompondo e liquefazendo. Não sei se já vos consegui enojar o suficiente. Por acaso até gostava de saber mais sobre o assunto, na altura não fixei muito bem a explicação.
Portuga: Chamei mal-cheirosos aos belgas e aos árabes que frequentam o Cora porque são os que identifico mais facilmente. Haverá com certeza semelhantes pessoas de outras nacionalidades e confissões religiosas, uma vez que não é o mau-cheiro não tem preconceitos quanto a esses aspectos.:)
Quanto ao lixo, sei muito bem do que estás a falar. Mas aqui em Bruxelas há duas recolhas semanais, o que ajuda a que a coisa não se torne tão mal-cheirosa.
Beijolas
Enviar um comentário
<< Home