Aversões

Há pessoas com que embirramos um bocadinho. Por um motivo ou por outro. Eu, por exemplo, embirro um bocadinho com as pessoas que, precisamente, tratam tudo por inho. Do género, Está bom o chazinho?... E quer mais uma bolachinha? Ou prefere uma fatiazinha de bolo?...

Os inhos causa-me um ligeiro cansaço e eu fico irritadiça quando estou cansada.

Há depois as pessoas com quem embirro já com uma irritação mais acentuada. Por motivos mais físicos. É por exemplo o caso daquelas pessoas que, à medida que vão falando connosco, nos tocam sucessivamente no braço com a mão. Porque não lhes basta o contacto visual ou por uma outra qualquer razão, que, francamente, acho abominável mesmo sem a conhecer, pelos efeitos que causa. A irritação que me provocam é suficiente que eu não volte a estar perto delas.

Agora a embirração perfeita!, perfeita!, como diz o do anúncio da Super-Bock, é aquela que é dirigida a pessoas que, no matter what, nos causam sempre um arrepio, um esgar ou uma náusea. Pessoas em que nos incomoda, em concurso ou isoladamente, a maneira de falar, o tamanho do nariz, o assunto da conversa, o formato do lábio superior, o guarda-roupa, a forma de estar na vida, a maneira como nos olham, a cor dos sapatos que calçam, o emprego que têm, enfim, tudo! Pessoas que nem sequer se pode dizer que são objecto de ódios de estimação, porque relativamente a elas não temos nada que se aproxime de estima, só repulsa, mesmo! É por exemplo o que sinto relativamente a uma determinada pessoa, cuja fotografia, pelos motivos acima explicados, não vou exibir aqui no meu blog.

P.S. - Esta miúda irritada cujo gif coloquei neste post é das coisas mais giras que já descobri na blogosfera. É que é exactamente assim que faço - ou que gostaria de fazer - quando tenho os meus ataques de fúria, causados pelas minhas embirrações, de que estas três são apenas meros exemplos. (Sim, tenho um mau feitio do caraças!)