terça-feira, janeiro 24, 2006

Coisas de mulheres

Um dos meus temas de conversa favoritos de sempre é o cabelo. O meu, o teu, o dela ou de uma qualquer. O corte, a cor, a textura, as pontas espigadas, as madeixas, os caracóis, as tranças, os ganchos, as fitas, as molas, as permanentes, os rabos-de-cavalo, as desfrisagens, as popas, os remoinhos.
Tenho esta predilecção desde miúda, embora na altura ela obviamente se manifestasse de forma diferente. Lembro-me de ser pequena e de ter o imenso desejo de ter os cabelos compridos, como qualquer princesa que se preze. Mas como tive o contratempo de sempre voltar do cabeleireiro com um corte à rapazinho, não tinha outro remédio senão passar os meus dias com um pano da louça amarrado à cabeça, a servir de farta cabeleira. Escusado será dizer que quando chegou a altura de ser eu a dar ordens ao cabeleireiro, nunca mais voltei a usar o cabelo curtinho.
Qualquer mulher já passou horas em frente ao espelho por causa do cabelo. Em casa ou no cabeleireiro. E estou tentada a generalizar que todas as mulheres já choraram lágrimas amargas por causa do cabelo, na sequência da intervenção de uma cabeleireira assassina armada com uma tesoura de bicos compridos.
Mas as cabeleireiras são muito chatas! Quando o que nós queremos é uma horita para descansar e “alourar” a folhear aquelas revistas que não compramos lá para casa, elas só querem é fazer conversa da treta para venderem mais qualquer coisa, sempre naquele discurso forrado de diminutivos do género Tem as pontinhas secas!... Não quer pôr um óleozinho nas pontinhas? ou Ai, tem o couro cabeludo a escamar!!! Não quer um champôzinho calmante? ou ainda Quer experimentar uma moussezinha para dar volume?... Não há pachorra!
E depois há ainda a questão do custo. Falo apenas por mim, mas comecei rever a minha necessidade de ir semanalmente ao cabeleireiro quando cheguei a Bruxelas e me pediam cinco vezes mais do que eu pagava em Portugal. Mais tarde descobri um sítio mais barato, mas logo desisti de lá ir porque percebi que o preço acessível resultava do facto de gastarem pouca água…
Recentemente, porém, descobri a solução para todos os meus dilemas capilares (isto agora até soou a frase de anúncio publicitário) e como nestas coisas não sou egoísta, vou partilhá-la convosco. É o segredo mais bem guardado de todos os cabeleireiros do mundo, que nunca revelariam nem sob tortura uma vez que poderia levá-los a perder parte do negócio. Ei-lo!

E não vale a pena pedirem conselho sobre esta maravilha da técnica no vosso cabeleireiro. Vão negar que ela existe ou dizer que vos dá choques eléctricos!

16 Comments:

Blogger Carla Motah said...

Bem, como o meu cabelo é do mais seco que há, não me parece que esta prensa maravilha me resolva os problemas. Mas não custa tentar.
Quanto ao tentar impingir produtos, essa é uma das razões que me faz ser das clientes mais infiéis aos cabeleireiros. Vou 3 vezes a um, depois mudo, mais tarde volto a mudar e ando assim.
Pronto, coisas de mulher.
Beijinhos

janeiro 24, 2006 4:51 da tarde  
Blogger Pitucha said...

Adoro quando sou a primeira a chegar!
E venho mais pelo café do que pelos cabelos: detesto ir ao cabeleireiro e só lá vou quando tem mesmo que ser. E, claro, se puder faço-o na pátria, sempre poupo uns tostões.
Agora, se continuares na senda dos post femininos, fala de trapinhos, que a isso não resisto (apesar de me ter portado muito bem desta vez dado que não fui aos saldos! Imaginas?)
Beijos

janeiro 24, 2006 4:53 da tarde  
Blogger Pitucha said...

Bolas, era a primeira mas a Carla estava a postar entretanto!
Bolas, bolas, bolas!

janeiro 24, 2006 4:53 da tarde  
Blogger rafaela said...

Eu tenho um, devidamente posicionado no armário da casa de banho, admito é que tenho um bocado de preguiça de o usar (com esta farta cabeleira) pq fico cheia de dores nos braços, mas de vez em quando lá faço o gosto ao cabelo e ao dinheiro gasto na compra do instrumento (q para mim fazia todo o sentido, gasto 40 euros mas poupo no cabeleireiro, nunca mais la tenho de ir).
resumindo, estou na fase cabelo natural (lavar e depois deixar secar ao vento).
Pitucha trapinhos é que é, estou quase na miseria por causa dos saldos.
*

janeiro 24, 2006 5:03 da tarde  
Blogger Folha de Chá said...

Ai que comigo também era assim. Não sei porque raios, cortavam-me sempre o cabelo super curto. Ficava tão irritada! Mas não atava nada á cabeça - vingava-me na nancy, que penteava todos os dias. Agora tenho tendência para ter cabelos compridos, claro. Mas sou muito prática. Vou uma vez por mês ao cabeleireiro. Tenho cabelo liso, que enrola nas pontas. Fácil de tratar, que ele tem sido, tem-me dado pouco trabalho. :)

janeiro 24, 2006 5:54 da tarde  
Blogger Carlota said...

Carla: Eu acho que vale a pena tentar!

Pitucha: Os segundo e terceiro lugares tabém são honrosos.
Na próxima vez falarei de trapos! It's a promise!

Rafaela: Pensa que também poupas no ginásio. Ficas com os braços musculados!:)
Eu não poupo, porque me bastam 15 minutos para o sucesso do penteado...

Folha de Chá: Também tive uma Nancy (adorável criatura).

JVC: Podes sempre fazer caracóis. A Babyliss também tem soluções para isso.
(Que inveja, tens o cabelo lisinho...)

Ana: É super-verdade! Tenho um em casa, mas de uma marca que não encontro na Internet. Desde Outubro que não vou ao cabeleireiro!

Beijolas a todas

janeiro 24, 2006 7:45 da tarde  
Blogger deep said...

Quando era miúda, sonhava, como tu, em ter o cabelo comprido, mas acabava sempre com ele bem curto. Hoje, que poderia, se quisesse, tê-lo comprido, estou sempre mortinha por curtá-lo e só não faço um corte mais radical por ter o cabelo ondulado e ficar com jeitos, sobretudo depois de dormir.
Bjs

janeiro 24, 2006 9:02 da tarde  
Blogger Nelson Reprezas said...

O que é um dilema capilar? É hereditário? Pega-se?
:)
Agora vem para aqui dizer outra vez que entro sorrateiro e saio de mansinho...
Beijolas masculinas
:)

janeiro 24, 2006 9:05 da tarde  
Blogger Carlota said...

Deep: Estamos sempre a mudar de ideias, não é?... Desde pequenas!

Espumante: Um dilema capilar é algo que está para além da compreensão de qualquer homem no seu perfeito juízo.
:)
Quanto ao resto, my mouth is sealed, pois contra factos não há argumentos!
:)

Beijolas aos dois

janeiro 24, 2006 10:44 da tarde  
Blogger K'os said...

A minha relação com o cabeleireiro, é de uma certa forma exteriorizar o que me apetece. Tanto deixo crescer, como anda curto, além de que altero com alguma frequência o corte.
:)

janeiro 25, 2006 12:42 da manhã  
Blogger Xana said...

pst pst Carlota, shiu baixinho que é para a Pitucha não ouvir, quero te confessar uma coisa, não me entendo com o meu ... das duas uma, ou o meu cabelo não é mesmo cabelo ou vou precisar dumas liçõeszinhas :-)

janeiro 25, 2006 1:14 da manhã  
Blogger Carlota said...

Um outro olhar: Portanto, és mais tipo camaleão!!? :)

Xana: As lições são quando quiseres!

Beijolas às duas!

janeiro 25, 2006 10:52 da manhã  
Blogger Periférico said...

Gabo o teu espírito prático!;-)

Uma opinião puramente masculina!

Desculpa a pequena intromissão num assunto feminino!;-)

Beijos

janeiro 25, 2006 12:00 da tarde  
Blogger Carlota said...

Sou muito prática, sou... como é que adivinhaste?

E estás autorizado a intrometeres-te sempre que te apeteça, ora essa!

Beijolas

janeiro 25, 2006 2:48 da tarde  
Blogger NoKas said...

Não gosto de cabeleireiros! (não gosto, não gosto, não gosto)... as pontinhas são palmos e não dedinhos para elas (ou então têm todas os dedos mais gordinhos que os meus), quando saio de lá pareço sempre uma ursa. são raras as vezes que fico satisfeita. e só passados uns dias é q o cabelo volta ao normal! Não gosto da conversa de chácha... enfim! Mas a solução não passa por ser eu a cortá-lo (nem qualquer amigo próximo), pq já me apercebi que por muito que as e os cabeleireiros sejam uma raça estranha sempre dominam mais o assunto do que eu!

janeiro 26, 2006 4:04 da tarde  
Blogger Carlota said...

Ai isso dominam, Nocas, do que qualquer uma de nós!

janeiro 27, 2006 12:10 da manhã  

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