Velhas cantigas
Acho que têm aumentado na mesma proporção em que têm diminuído os níveis de audiência do festival da eurovisão.
O que me faz confusão é que nunca ninguém se tenha lembrado de identificar a causa de ambos os fenómenos: as cantigas, que são sempre as mesmas. Já ninguém tem pachorra para as ouvir, quanto mais para eleger uma vencedora. Só mesmo por amor à pátria...
13 Comments:
Tudo se resume a cansaço, monotonia, chateza.
Daí que qualquer coisa que cheire um pouco a diferente seja tão tentadora (um pouco como a candidatura de Manuel Alegre, ou os ABBA do Waterloo, para guardar a tua analogia).
Beijos
Carlota, em portugal ha uma filosofia de vida que é "gira o disco e toca o mesmo" é usada pra tudo, faz-se um ligeiro up-date e tá pronto pra seguir.
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Concordo com a Pitucha, o cinzentismo dominante torna atractiva qualquer cantiga mais colorida, diferente... Mas existe na nossa sociedade um laxismo e um comodismo de quem ainda espera um estado providência, um estado que resolva tudo, mesmo a preguiça dominante... como dizia o JFK, acho que chegou a hora de os portugueses começarem a pensar o que podem fazer pelo seu país e não o que o país pode fazer por eles... a não ser que queiram ficar para sempre na cauda da Europa!
Beijos
Vou explicar como é que eu voto: eu voto por "pena".
Dantes era do Movimento Partido da Terra, mas acabou e fiquei sem partido. Votava convicta de que a ecologia era o único argumento de peso face à economia desenfreada. Agora votei por "pena" (já é a segunda vez que o faço) do Manuel Alegre. Acho que as pessoas tendem a achar emocionante aquele "contra tudo e todos", "sozinho", "abandonado pelos amigos"...Irrita-me que seja caçador e aquele ar de "eu gostava mesmo era de ser o Hemingway ou o Pablo Neruda"; assim um misto de lenda viva com "maior que a própria vida"... Mas pronto, coitadinho, até era bem estiloso um presidente poeta!
Pitucha: Medalha de ouro hoje, hein?
Pois sabes que abordaste mesmo a parte que tencionava adicionar ao post e depois me esqueci?...
É a isto que se chama estar na mesma onda!
Rafaela: Concordo! Só uma pequena pergunta: não é antes "vira" o disco, em vez do "gira"?:)
Periférico: Olha, não sabia que o Kennedy se tinha alguma vez referido a Portugal tão explicitamente!:)
Foi também ele que numa visita de Estado à Portolândia discursou na Praça da Ribeira, começando por dizer: "EU SOU UM Fêcêpista!"?L;)
Margot: Sei perfeitamente do que estás a falar. A "pena" também me acompanha em algumas decisões que tenho de tomar. É um critério como outro qualquer!
Ana: Mais emoções no dia das eleições?... Ó Ana, ao menos no festival levamos uma hora a ouvir os votos da Ucrância, da Croácia, da Eslovénia, da Irlanda e de todos os outros até sabermos quem ganha! No domingo passado demorou apenas uns minutos desde a hora em que liguei a televisão até saber quem era o novo presidente!:)
(Estou obviamente na brinca!)
Beijolas a todos!
Carlota
Estive a ler as tuas respostas e fiquei com pena que as eleições não fossem como o festival da canção. Tipo: chamamos agora o Porto; Porto boa tarde; boa tarde, a votação do Porto é a seguinte Cavaco Silva 10 pontos, Cabaco Silba, 10 puontos... e assim por diante.
Que giro que seria!
Eh, eh, eh...
Mas os candidatos teriam de cantar os programas políticos!
:)
é vira sim carlota =P
O que me foste lembrar - festivais da eurovisão. eh eh dantes, eram um luxo. Havia colectâneas com as músicas vencedoras de todos os anos e os editores apostavam em levar para o festival músicas boas. Agora, os editores viram a cabeça para outro lado, apresentam-se por lá músicas sofríveis e já ninguém tem paciência para aquilo. Diminuiu o nível de exigência. Mas também te digo uma coisa: antes o festival da eurovisão do que todos os políticos juntos. :) :) :)
Tenho uma explicação...
As Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia recebem verbas proporcionalmente ao número de eleitores, logicamente quantos mais eleitores mais dinheiro terão para gastar. Sendo assim e como não existe uma base de dados centralizada (nem sem ser), as pessoas morrem e não são retiradas da lista de eleitores.
Resumindo: A percentagem de pessoas que não vota é uma fraude!
Engraçado não é?
Pronto, mas o que tem de ser tem muita força. É um direito e um dever cívico, por isso, por amor à pátria, há que votar.
Beijinhos
Grande goela tem o boneco da figura. :))))
Parece que seria divertido ouvi-lo.
Já os políticos, já ninguém liga ao que dizem.
Depois das eleições, a cantige é sempre outra.
As cantigas são efectivamente sempre as mesmas, interpretadas umas vezes por cantores outras vezes por políticos.
Que estranho país...
Um abraço, Carlota.
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