terça-feira, fevereiro 28, 2006

Angels & Demons


Saiu comigo de casa de manhã cedo.
Foi ao meu lado no carro, mas nem olhei para ele enquanto conduzia, não fosse a distracção custar-me caro.
Acompanhou-me na delonga de uma sala de espera para renovar um cartão. Fitámo-nos sem trocar uma palavra.
Levei-o comigo para o escritório, sabendo antecipadamente que não teria tempo para me ocupar dele, tirando a pausa para o almoço, e que o deixaria numa espera enfadada até ao fim do dia de trabalho enquanto lia e-mails, preparava documentos e atendia telefonemas.
Regressou comigo a casa e não mais o larguei de vista.
Depois do jantar, sentei-me com ele no sofá e ali ficámos os dois, novamente em silêncio. Mas num silêncio aprazível. Não me lembro da última vez em que não se ouviu na minha sala o som da televisão ligada. Nem sei se alguma vez isso aconteceu…
Com as doze badaladas, subimos juntos para o quarto e deitei-me com ele. Passados alguns minutos, extenuada de tanta emoção, acabei de ler a sua última página, pousei-o na mesa-de-cabeceira e apaguei a luz.

20 Comments:

Blogger Acmea said...

Espero que tenhas gostado do livro. Bonita forma de mostrares como o terminaste. ;)

fevereiro 28, 2006 7:40 da tarde  
Blogger rafaela said...

Ainda bem que ele te deu tanto prazer, é bom quando um livro faz isso!

boa noite *

fevereiro 28, 2006 9:21 da tarde  
Blogger Carlota said...

Bem vinda ao Lote 5, Acmea!
Já fui visitar o teu blog e vi que és muito talentosa!
Eu, no que respeita a trabalhos manuais, faço capas para livros, de ganga e forradas a tecidos muito coloridos. Mas nunca consegui chegar a vendê-los na blogosfera porque se esgotam todas num instante. Boa sorte para o negócio!!!

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Deu-me imenso prazer ler este livro, Rafaela. Apesar de ter demorado imenso tempo a acabá-lo!

Beijolas

fevereiro 28, 2006 9:51 da tarde  
Blogger João C. Santos said...

Boa noite...

Devia ser mesmo essa a forma de um livro,
passear durante todo o dia no nosso
caminho...ver como lhe damos valor...sentir...

um beijo de boa noite...

fevereiro 28, 2006 10:05 da tarde  
Blogger armando s. sousa said...

Só posso dizer aquilo que já disse:Livro ideal para umas onze longas horas passadas dentro de um avião. O enredo começa com o brutal assassínio do cientista do CERN, Leonardo Vetra, que tinha recentemente descoberto a antimatéria. O director-geral do CERN, o Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire, Maximilian Kohler chama o professor de Simbiologia Religiosa da Universidade de Harvard, Robert Langdon para identificar o estranho símbolo gravado no peito do cientista assassinado. A sua conclusão é avassaladora: a marca é de uma antiga irmandade chamada Illuminatti, supostamente extinta há séculos e inimiga da Igreja Católica. Quando Robert Langdon chega a Roma, acompanhado de Vittoria Vetra, filha do cientista assassindado e co-investigadora na descoberta da antimatéria, o Conclave prepara-se para reunir na Capela Sistina, para eleger um novo Papa, pois o anterior Papa tinha sido assssinado quinze dias antes.Entretanto, os quatro cardeais favoritos à eleição para Papa, são raptados e professor Langdon é o único que têm as pistas para os descobrir, antes de serem assassinados. Tarefa que não vai conseguir levar a bom porto e ao mesmo tempo que os cardeais são raptados a Guarda Suiça, responsável pela segurança da Cidade do Vaticano é informada de que uma perigosa arma de antimatéria, que tinha sido roubada do CERN, está na Cidade do Vaticano com o propósito de a arrasar.Robert Langdon procura desesperadamente a arma de antimatéria no meio de intricadas pistas deixadas pelos Illuminatti, tendo apenas doze horas para salvar o Vaticano.
Como seria de esperar o final é feliz, ao estilo dos filmes de Indiana Jones, acabando mesmo a heroína nos braços do professor.
Uma história que se lê à velocidade em que decorre a própria aventura de menos de 24 horas.
Desculpa o longo comentário e por acaso não tens por aí o Electricity, dos OMD?
Um abraço.

fevereiro 28, 2006 10:53 da tarde  
Blogger sabine said...

Sinceramente, nao sou grande apreciadora de Dan Brown. E achei a poemica da igreja catolica uma promoçao desnecessaria aos livros do homem. Os livros devem ser lidos como ficçao, mais nada. Ainda bem que há pessoas, como tu, que gostam deles.

fevereiro 28, 2006 10:58 da tarde  
Blogger Sinapse said...

eh, eh, eh, o Dan Brown dá que falar ... no blog da Carlota, nos tribunais na velha Albion, ...

Os livros dele são verdadeiros page-turners, lá isso é verdade.

Por falar em Dan Brown, e para quem leu o Da Vinci Code, aqui deixo uma sugestão: mil vezes o Umberto Eco (com o seu "O Pêndulo de Foucault) do que Dan Brown con o seu "O Códido Da Vinci" !

'inté! :)

fevereiro 28, 2006 11:42 da tarde  
Blogger Carlota said...

Boa noite Joca! Sabes que tenho pena de não levar os livros a passear tanto quanto gostaria?

Armando, tu estás a tornar-te numa verdadeira enciclopédia ambulante :))
Queres que ponha o Elecricity a tocar ou queres que te mande o ficheiro mp3?

Pois eu, Sabine, li dois livros dele e gostei de ambos. Um pouco mais do Angels&Demons do que do Código Da Vinci. O Deception Point já está na calha para o ler a seguir.

Beijolas a todos!

fevereiro 28, 2006 11:45 da tarde  
Blogger Carlota said...

Eu sei, Sinapse, que começou esta semana o julgamento por causa do plágio...
Há sempre uns abutres por aí a tentar sacar umas febrinhas!
Beijola

fevereiro 28, 2006 11:48 da tarde  
Blogger K'os said...

uma boa maneira de um livro nos acomapanhar, ou de acompanhar-mos um livro.

acima de tudo gostei o modo como foi descrito, simplesmente genial quase parecia que via um filme

:)

fevereiro 28, 2006 11:55 da tarde  
Blogger Carlota said...

Carlota said...
Eu gosto das boas companhias de leitura, Um outro olhar... E desses bondosos elogios!:) Obrigada!
Beijola

março 01, 2006 12:13 da manhã  
Blogger deep said...

A forma como te referiste ao livro é a prova de que o livro pode ser o tal "amigo", mesmo que aparentemente silencioso. Pelos vistos, gostaste de "Anjos e Demónios". Há uns meses que está na minha lista. Pode ser que comece agora a lê-lo. Bjs

março 01, 2006 10:18 da manhã  
Blogger Carla Motah said...

E os livros são de facto uma óptima companhia. Eu já cheguei a estar a cozinhar e com o livro ao lado para ver como continuava. Foi já há uns anitos (5 talvez) quando li o Harry Potter pela primeira vez. Outros há que apetece ler deitada, para saborear melhor, como os de David Lodge e outros numa esplanada, mais leves ou que nos façam pensar, porque ao ar livre é sempre bom.... Enfim. Li o Da Vinci Code e gostei bastante mas não me deu para ler os outros do Dan Brown porque achei que era mais do mesmo. Mas o que interessa são os momentos de prazer que se tem com um livro.
Beijinhos e continuação de boas leituras.

março 01, 2006 11:20 da manhã  
Blogger Periférico said...

Viciada na leitura?;-)

Beijos

março 01, 2006 1:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Que inveja!!! Eu tive momentos assim, há uns meses, com o último Harry Potter. Depois também alguns muito bons com a autobiografia de Gabriel García Marquéz (Nas autobiografias romanceia-se sempre um bocado, não é? Eu gostava de falar assim à personagem, com grandes tiradas convictas e definitivas, mas acho que as minhas frases são mais género telenovela...)
Já agora recomendo uma das minhas escritoras preferidas, a Catarina Fonseca. Vai lançar hoje um livro que se chama "Clube de Encalhadas". É da Caminho. Muito divertido. Beijinhos

março 01, 2006 2:14 da tarde  
Blogger Folha de Chá said...

:) Isso é que foi devorar páginas. :) Há livros assim. Espero que te tenhas divertido muito. :)

março 01, 2006 2:24 da tarde  
Blogger Unknown said...

Neste momento estou a deliciar o Codex 632 de José Rodrigues dos Santos!

É uma maravilha de livro e escrito por um português...

março 01, 2006 3:58 da tarde  
Blogger Xixao said...

Sou assim tal qual... dêem-me um bom livro e não me peçam para desligar a luz do quarto antes de chegar ao fim!

março 01, 2006 3:58 da tarde  
Blogger Carlota said...

É verdade, JVC, mas eu às vezes estou meses sem ler livros...

Eu gostei bastante de ler este livro Deep. Aconselho a sua leitura a quem goste do género.

Pois olha, Carla, que se gostaste do "Código Da Vinci" vais com certeza gostar deste livro. É um pouco de mais do mesmo, como dizes, mas tem uma história muito cativante, bem ao jeito do Dan Brown. Além disso, para mim teve um gosto adicional, por ter nele revisto locais de Roma onde já estive (e que adorei!).

Menos viciada do que gostava, Periférico!

Margot, vou anotar a tua sugestão e comprar esse livro na próxima vez que for a Lisboa.

Diverti-me, Folha de Chá. Acontece-me isto sempre que estou quase a acabar um livro empolgante.

Esse livro, Restaurador, também está na minha lista. Tenho de ir ver se o tenho cá em casa...

Eu só tenho essa coragem, MCM, quando estou a menos de 50 páginas do fim.

Beijolas a todos!

março 01, 2006 9:20 da tarde  
Blogger João C. Santos said...

Boa noite carlota...

entendo..mas existem dores neste mundo,
demais que são para que apenas um livro as consiga sentir...

eles existem pelas nossas mãos para
os nossos olhos...

não os façamos sofrer as desventuras que nos sobrevivem...

março 01, 2006 10:56 da tarde  

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