Os repórteres do blá-blá-blá
Eles andam por aí. E reproduzem-se como coelhos, na exacta proporção em que aumenta a guerra das audiências das televisões pelo directo a qualquer preço.
O acontecimento da mais ínfima importância é hoje em dia tratado pelas direcções de informação das televisões portuguesas como se do mais importante se tratasse. Abre os serviços noticiosos com um já habitual "directo" e lá aparecem eles, os repórteres do blá-blá-blá. Começam invariavelmente pelo "Não ouvi a tua pergunta, Zé, mas posso desde já avançar que..." e continuam, não avançando rigorosamente mais nada do que tinha sido dito pelo pivot momentos atrás.
A grande especialidade destes repórteres, contudo, manifesta-se após as conferências de imprensa em directo, quando repetem o que a pessoa que acabou de falar esteve a dizer, não vá ser o caso de a gente ser um bocado surda ou ter aproveitado aquele pedaço para ter ido à cozinha ver se o esparguete já estava cozido ou ainda por transmissão de pensamento ter-lhe dito - como aquela do anúncio -, "Explica-me como se eu fosse muito burra!".
O acontecimento da mais ínfima importância é hoje em dia tratado pelas direcções de informação das televisões portuguesas como se do mais importante se tratasse. Abre os serviços noticiosos com um já habitual "directo" e lá aparecem eles, os repórteres do blá-blá-blá. Começam invariavelmente pelo "Não ouvi a tua pergunta, Zé, mas posso desde já avançar que..." e continuam, não avançando rigorosamente mais nada do que tinha sido dito pelo pivot momentos atrás.
A grande especialidade destes repórteres, contudo, manifesta-se após as conferências de imprensa em directo, quando repetem o que a pessoa que acabou de falar esteve a dizer, não vá ser o caso de a gente ser um bocado surda ou ter aproveitado aquele pedaço para ter ido à cozinha ver se o esparguete já estava cozido ou ainda por transmissão de pensamento ter-lhe dito - como aquela do anúncio -, "Explica-me como se eu fosse muito burra!".
11 Comments:
Então e como se sente? Eu, a bem dizer, não estava lá! Mas sentiu qualquer coisa? Eu, a bem dizer, estva em casa a tomar um chá porque tinha a modos que uma azia... Sentiu portanto qualquer coisa, uma azia? Eu a bem dizer, já estava assim desde ontem, qualquer coisa que comi...(Mão no auricular)Sim Zé, diz, claro, temos que voltar ao estúdio; foram estas as declarações de uma testemunha directa do evento, em exclusivo, Pedro Falante com Carlos Filmante em Lugarejo-o-Velho!
Eu gosto particularmente quando no final eles tentam fazer uma síntese do que acabaram de ouvir e essa não ter nada a ver com as declarações proferidas... e não é muito raro isso acontecer!;-)
Beijos
Pituxa: Pois esse é outro dos comportamentos típicos: sacar uma entrevista ao primeiro transeúnte em que tropeçam!
Eremita Baptista: Ah, os tempos de estudante... Não sinto a falta deles nem um bocadinho!
Vais ser com certeza um excelente jornalista a ver pelo teu "trabalho" no Convento.
Periférico: É verdade! São a vergonha da profissão.
Beijolas a todos!
Em tempo: ó Pitucha, desculpa lá estar sempre a chamar-te "Pituxa", mas é que tive uma pata (de plástico) com este nome e sempre o escrevi com "x"...!
Uma pata? A vizinha disse uma pata?
Ao que uma pessoa se presta!
Vai já haver cena de vizinhança, de berros e mãos na cintura...
Pitucha: Posso mostrar-te a Pituxa, se quiseres, para veres que é uma senhora pata (de cerca de 3cm).
Beg: Sim, é verdade... Esqueci-me de mencionar as "não-notícias" que dão quando fazem os directos só para dizer que ainda não aconteceu nada, ninguém foi, ninguém voltou, mas qualquer coisa pode acontecer a qualquer momento, pelo que farão outro directo dali a minutos.
Noticias, directos, comentários sem insenção ou completamente parciais (Não sou de dizer nomes, mas aqui entre nós uma tal Manuela M.Guedes).
Não há pachorra. Até apetece ouvir as noticias, mas quando elas estão superlotadas de mau jornalismo só nos resta desligar e aproveitar para fazer coisas mais úteis.
Ui, é verdade! Até dói só de me lembrar da MMG. Mas só vejo o telejornal da TVI, quando o telecomando não está ao alcance da mão e estou demasiado cansada para me levantar...
Bem, é mentira! É parcialmente mentira... Onde é que eu, à hora do telejornal, consigo estar sentada a ver televisão?... Só vejo os telejornais a partir das 21.45, que é quando o Migas adormece (não se esqueçam de que aqui é mais uma hora do que em Portugal continental).
É que nem me falem da Manuela Moura Guedes.
E por que razão a criatura começa quase todas as frases com:"Eh..."!(ou será É)??
Arghhhh!
Olha, por acaso nunca reparei nisso. Se calhar é mesmo por quase não ver o telejornal na TVI...
Ma ssó precisas de ver uma vez! Ela é tão insistente... Cá em casa há boicote às notícias deste canal.Qualquer que seja o apresentador. Continua a não ver.
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