E agora um momento de publicidade
O dinheiro, de facto, compra. E já não há necessidade de o dissimular...
É o que se conclui através deste extrato da coluna semanal de Eduardo Cintra Torres do Público de domingo passado, sobre duas séries televisivas.
Até onde pode ir o desplante da inserção publicitária nos programas de ficção? Depois da S. Joaneira do Crime do Padre Amaro se queixar da falta de dinheiro enquanto folheava um folheto da Cofidis só faltava que as referências comerciais integrassem os diálogos das personagens. Aconteceu agora. Eis este diálogo extraordinário da novela Floribella (SIC, 24.05):
"FLORIBELLA: Sabias que estão a organizar uma bandeira humana?
BATA: Uma quê?
FLORIBELLA: Uma bandeira nacional feita por pessoas! Não achas o máximo?
BATA: Ya... parece fixe... Quem é que teve a ideia?
FLOR: Quem achas que foi? Um dos maiores apoiantes da Selecção Nacional! O Banco Espírito Santo!"
12 Comments:
Eu também já há bastante tempo que não vejo novelas, Teresa.
A verdade é que sempre houve publicidade nas novelas portuguesas, dissimulada aqui e ali. Agora de uma coisa tão forçada e mal feita como esta, nunca tinha ouvido falar...
Beijola.
Ao que se chegou... Já não há vergonha! Ainda bem que não vejo novelas ;-)
Beijos
Eu via uma, "Mundo Meu", que tinha a campanha anti-racismo mais mal feita à face da terra... Havia um jardineiro preto, num Hotel, que todos amavam, vá-se lá saber porquê. Era tão exagerado, tão exagerado que tinha a directora de relações públicas do Hotel a convidá-lo para almoçar todos os dias, a dizer-lhe que fazia muito gosto em que ele recebesse o senhor que ia entregar o adubo das plantas. Só faltava dar-lhe uma beijoca todas as manhãs... Isto entre outras pérolas igualmente bonitas, realistas e nada forçadas, que já não me lembro de metade!
Tou fora das novelas. Pelo que dizes, felizmente.
A acreditar no que lí algures a audiência dessa novela é maioritariamente constituida pela infância e pela chamada terceira idade. A qual desses targets se dirigirá essa publicidade mal amanhada que relatas? Eu não sei, mas desconfio...
Uma vez, dei-me ao trabalho de assistir a parte de um episódio dessa novela. :( Socorro!! Não me admira mesmo nada que haja diálogos destes lá pelo meio...
E essa coisa linda passa, por acaso, na RTPi? É que esse tipo de coisas induca e instrói...
(Por acaso tenho no meu arquivo mental uma ideia para fazer um post com base em publicidade! Agora vou ter que adiar sob pena de todos acharem que eu te copio, ou que tens acesso livre ao meu arquivo mental! LOL)
Beijos
LOL
ele ha cada uma!
Nem vergonha, nem brio no que se faz, Periférico! Tudo tem um preço.
Qu'horror, Ana!
Parece que sim, MCM. :)
Eu já tinha percebido, Patchouly, pelos dois minutos em que parei em frente da novelas, que A MIM é que nunca poderia ser dirigida... :D
Trabalho vão, Folhinha!
Acho que (ainda) não passa, Pitucha. Mas atendendo à cólidade da série, deve estar p'ra breve!
Quanto ao resto, posta lá à vontade.
Podemos sempre dizer que comunicamos telepaticamente... :D
Pois há! E que seria de mim se não houvesse?... Estava em défice de posts... :D
Beijolas a todos.
Hoje em dia tudo serve para obrigar o Zé Povinho a comer… o que não quer nem gosta, mas ele vai comendo…
A serio?!??!!???
É verdade, Araj. Mas eu sempre detestei que me obrigassem a comer...
Sim, Joaninha. O ECT não brinca em serviço. :)
Beijolas aos dois.
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