sexta-feira, fevereiro 10, 2006

É o Pólo Norte, o Pólo Sul e a Poligamia

Mas que avançadinhos que eles são! Sempre na vanguarda das relações humanas, seja para o nascimento, seja para o casamento, seja para a morte...
Para nascer, fomentam os partos caseiros. Se, contrariando o incentivo, as mulheres decidem ir ter os filhos ao hospital, são de lá corridas, na melhor das hipóteses, três horas após o parto.
Para cometer suicídio, há sempre uma mãozinha fria para dar uma ajuda - basta pedir.
Para casar, bem, para casar é à escolha. Seja o A com a B, seja a B com a C ou o D com o A.
Mas isto já toda a gente sabe! A novidade agora é outra.
Agora, o A pode oficializar a sua relação com a B e com a C. Por outro lado, querendo, a B pode juntar os trapinhos com o A e com o D, pois o Estado reconhece-lhes esse direito e tem uma nomenclatura legal para o contrato. Não se trata de um casamento, nada disso, que exagero! Trata-se de uma simples união de facto. Mas daqui a nada, tenho a certeza, casamento será!
Eu por acaso já tinha pensado no assunto. É que se a instituição casamento em alguns países já não é o que era, então porquê não dar largas à imaginação e alargar o âmbito das permissões? O que é que impede que se casem dois homens e uma mulher, duas mulheres e dois homens, três homens e quatro mulheres, sete mulheres e dez homens, o onze do Ajax com o onze do PSV Eindhoven, todas as hospedeiras da KLM com o ex-marido da Alexandra Lencastre... e por aí adiante, pois se a imaginação não tem limites, porquê parar por aqui?
Inspirada aqui.

9 Comments:

Blogger Carla Motah said...

Lá está a imaginação a funcionar. Mas, só uma coisa, e já agora uma sugestão para quem legislou estas leis de poligamia e afins, para quê chamar-lhe casamento ou, numa versão mais soft, união de facto? por que não "engajamento"? É que a ideia de" quem casa quer casa" fica com poucas pernas para andar. Se um homem "casa" com 3 mulheres, então e os filhos, etc? Não cabe tudo num sítio. Só se for alguém de posses. O melhor é penasar só na parte de juntar gajo com gajas; gaja com gaja; gaja com gajas; gaja com gajos e por aí fora. Lá está, é o "engajamento" e pronto. O casamento fica para os outros, os "totós" e os betinhos!

fevereiro 10, 2006 11:56 da manhã  
Blogger rafaela said...

carlota, tou sem palavras.
*

fevereiro 10, 2006 12:00 da tarde  
Blogger armando s. sousa said...

Tudo à molhada e fé em Deus, é uma expressão utilizada no futebol, que se adequa plenamente a este casamento!
Um abraço.

fevereiro 10, 2006 12:34 da tarde  
Blogger Sinapse said...

Vou já escrever aos holandeses a pedir-lhes que trabalhem numa nomenclatura legal para casos especiais como o meu (as pessoas que estão destinadas, por total desencantamento ou inexplicável conjugação de circunstâncias, a passar pela vida sem se casarem): posso casar-me comigo mesma?

fevereiro 10, 2006 1:16 da tarde  
Blogger Pitucha said...

Carlota
A minha alma está a emparvecer...mais ainda se é possível!
Beijos

fevereiro 10, 2006 2:33 da tarde  
Blogger Pata said...

Horrivel. Não tem pés nem cabeça!
Deve ser para serem arejados, modernos e futuristas, tudo o que seja convencional é para deitar abaixo.

fevereiro 10, 2006 6:06 da tarde  
Blogger Periférico said...

Começamos a viver os tempos das Polidiotices!;-)

beijos

fevereiro 10, 2006 6:10 da tarde  
Blogger Criança em Crescimento said...

Eu também acho! Para a frente é qe é o caminho! Mas como farão eles com o IRS?

fevereiro 10, 2006 6:51 da tarde  
Blogger JPF said...

E a pouco e pouco a humanidade regressa aos estádios mais remotos da sua evolução (ou será involução ?)

fevereiro 15, 2006 2:07 da tarde  

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