quinta-feira, maio 31, 2007

Mensagem subliminar da UE à Turquia

Fonte e mais pormenores: Economist.com.

Série comentários postados


Ufa, ainda bem que não sou homem! Ao menos não corro o risco de ter alterações de humor quatro vezes por mês.
E isto fora a taça e as competições europeias!

quarta-feira, maio 30, 2007

Alarmistas au sucre


Li no Público de ontem que a coordenadora científica de um projecto de educação alimentar está muito apreensiva porque, de acordo com um estudo sobre hábitos alimentares, uma significativa percentagem de crianças portuguesas está onze ou mais horas sem comer. Como é de calcular, fui logo a correr ler o resto da notícia, já perguntando a mim própria quem seriam os facínoras responsáveis pela indução de semelhantes torturas às nossas crianças.

Notícia abaixo, a dita senhora amargurava-se com o facto de, desta forma, as nossas crianças estarem "a ficar com um défice de açucar no cérebro", o que pode ter consequências ao nível da capacidade de concentração e do rendimento escolar.

Qual não foi então o meu espanto quando me apercebi que essas onze horas ou mais correspondem ao período do dia em que as nossas criancinhas estão a dormir que nem uns anjinhos...

Isto leva-me a concluir que há aqui alguém que está a gozar com a minha cara. Ou a coordenadora do projecto ou o jornalista que escreveu a notícia. Não sei se estão à espera que eu passe a pôr o despertador para as duas da manhã para dar uma tosta mista e um copo de leite ao meu filho, isto se conseguir, primeiro, acordar eu própria, e, segundo, acordá-lo a ele... Ou que fique cheia de remorsos se não o fizer.

Também eu quando era pequena estava onze ou mais horas sem comer - enquanto dormia - e não foi por isso que tive (por acaso, não tive!) insucesso escolar. Está tudo maluco ou quê? Não têm mais nada que fazer? Não há notícias para dar? P'amôdedeus!

segunda-feira, maio 28, 2007

Os bons conselhos da Carlota


No outro dia, estive a ver um bocado do programa da Oprah Winfrey. Porque abordava um assunto que me interessa de sobremaneira.

Geralmente, não consigo ver aquele programa durante mais de dois ou três minutos; sou facilmente impressionável e ali impressiona-me a capacidade com que aquela mulher transforma todos os assuntos numa lamechice, morde o lábio, faz olhinhos de cocker spaniel e põe toda a plateia a chorar.

Mas naquele dia, como já disse, o assunto era um dos meus favoritos: arrumações (sim, tenho uma costelazinha à la Bree van de Kamp...). E chamou-me a atenção o facto de um especialista estar a dizer que todos temos roupa a mais porque apenas usamos 20% dela em 80% do tempo. Depois, o dito ensinou uma técnica infalível para nos vermos livres da roupa em excesso. Sugeriu que arrumássemos todos os cabides nos nossos roupeiros para o mesmo lado (isso eu já faço, tal é a panca) e que, nos seis meses seguintes, arrumássemos os cabides da roupa que fossemos usando para o lado contrário. Ao fim dos seis meses, poderíamos facilmente constatar qual era a roupa que nunca usávamos e deviamos ver-nos livre dela, para assim ganhar espaço para melhor arrumar.

Ora, eu não estou nada de acordo com esta proposta. Nós, comuns mortais, nunca temos roupa a mais. E por muito inovadoras que sejam as soluções deste especialista, eu, francamente, acho que a solução deve ser outra. E ela passa, isso sim, por comprar mais armários, de forma a expor toda a nossa roupa e acessórios como se estivessem na loja, para que possamos visualizar e ter acesso a tudo o que temos. Um truque para ganhar espaço em casas mais pequenas é aproveitar todas as paredes e forrá-las de armários. Quais quadros, quais janelas, quem é que quer saber disso? Armários é que é!

Este sistema, por outro lado, evita que nos esqueçamos de determinadas coisas que temos e que compremos outra igual ou do mesmo género, ou seja, faz-nos poupar imenso dinheiro. Eu, por exemplo, estive mesmo à beirinha de gastar uma pipa de massa em sandálias novas, mas, por acaso, descobri três pares de há dois anos, devidamente encafuados nos confins de um armário A descoberta fez-me feliz durante dois ou três dias. Pode lá haver coisa melhor?

sexta-feira, maio 25, 2007

Efeitos secundários


Cada vez mais me convenço que, desde que fui mãe, tenho menos tempo para pensar.

Lembro-me vagamente de, nos anos anteriores aos últimos cinco, ir deitar-me e ficar a perder-me em reflexões, mais ou menos elevadas, e de ter noites de insónias por causa de assuntos passados ou futuros.

Hoje em dia, acho que já estou a dormir quando me deito...

Também tenho lembranças dos momentos à luz do dia que passava em silêncio, em que fazia planos para o futuro, me recordava de factos passados ou compunha listas de coisas para comprar ou fazer.

São tempos idos, muitos longínquos. Nos dias de hoje, já nem sequer consigo ouvir-me a pensar. E quando finalmente se faz silêncio, já estou a dormir.

quinta-feira, maio 24, 2007

Série Nem vais acreditar!


Porque estava desgostosa pelo facto de a mãe a ter mandado arrumar o quarto, uma pequena alemã de nove anos pôs-se a chorar a uma das janelas de casa com um cartaz que em que escreveu "Socorro! Chamem a polícia!". Ao seu lado estava também sentado um rapazito de dois anos, que era seu irmão.

Chegados ao local, os polícias constataram que a miúda tinha discutido com a mãe porque não queria arrumar o quarto e tinha recrutado o irmão mais novo para ajudar a chamar a atenção dos transeuntes.

O porta-voz da polícia local, que comentou que o quarto em questão parecia um campo de batalha, contou que os polícias disseram à criança para arrumar o quarto e que, tendo voltado duas horas mais tarde, verificaram que não só o quarto estava arrumado, como mãe e filha tinham feito as pazes.
Mas eu tenho a impressão de que esta miúda vai ficar de castigo aí uns cinco meses...


quarta-feira, maio 23, 2007

Bota abaixo!


O Parlamento Europeu aprovou hoje um regulamento sobre as tarifas de roaming na União Europeia. Este regulamento, que é directamente aplicável nos Estados-Membros logo que entre em vigor (para o que apenas basta ser publicado), prevê uma diminuição progressiva dos preços pagos pelas chamadas feitas e recebidas através de um telemóvel noutro país da União.

Há anos que a Comissão Europeia travava esta luta contra os operadores de linhas telefónicas móveis, que muito já enriqueceram à conta dos consumidores.

Os euro-cépticos que passam a vida a dizer que a UE não serve para nada podem embrulhar mais esta.


Curiosidades (*):

- 8 em cada 10 cidadãos da UE possuem um telemóvel e em certos Estados-Membros a taxa de penetração da telefonia móvel ultrapassa os 100%.

- 4 em cada 10 europeus não têm qualquer ideia sobre o custo das chamadas;

- os utilizadores de telemóveis recorrem largamente aos serviços de roaming internacional, uma vez que a maioria deles (9 em cada 10) opta por esta fórmula quando viaja para o estrangeiro, em vez de comprar um novo cartão SIM;

- o custo excessivo das comunicações é de longe (81% das respostas) a principal razão pela qual os europeus utilizam menos frequentemente o seu telefone quando estão no estrangeiro.


(*) Fonte: Eurobarómetro (Março de 2007)

terça-feira, maio 22, 2007

Factos e argumentos


Um destes dias, poderá estrear um filme sobre a história de dois irmãos gémeos que discutem a paternidade de uma criança, com cuja mãe andaram envolvidos. Vão querer saber qual deles é pai e qual deles é tio...

O grande problema será o facto de os testes de paternidade não servirem para determinar a filiação paterna da criança, pois apenas demonstram que ambos têm 99,9% de probabilidades nesta matéria.

Os mais complexos argumentos cinematográficos são os que têm na sua origem factos bem reais.

segunda-feira, maio 21, 2007

A minha colecção de coisas irritantes


Aqueles rolos de papel higiénico de folhas coladinhas, coladinhas, que a gente roda, roda, roda, e nunca mais encontra a ponta.

Etiquetas:

Olá, ó vida malvada!


Até breve, boa vida!

sábado, maio 12, 2007

Fui


Volto daqui a uma semana, mais coisa, menos coisa. Ou melhor, mais mais coisa do que menos coisa.

sexta-feira, maio 11, 2007

Um meme

A Pitucha desafiou-me a pôr um meme aqui no blog. Aqui está ele.

P.S. - Peço desculpa se isto não é exactamente aquilo que esperavas, Pitucha, mas porque fui ver ao dicionário e não encontrei a palavra meme, achei que isto era o que mais se aproximava do que eu sempre achei que fosse um. Ah! E chama-se Inácio.

quinta-feira, maio 10, 2007

O saber não ocupa lugar


As dobradiças das portas dos armários têm, para além dos parafusos que as fixam, dois parafusos.
Estes parafusos servem para regular a distância a que a porta fica do armário quando está fechada e a inclinação da porta fechada relativamente ao resto do armário.

Quem achar que estou a precisar de ir de férias, está à vontade para o dizer.

quarta-feira, maio 09, 2007

Nota mental


No futuro, antes de responder a qualquer pedido do meu filho, não posso esquecer-me de clicar neste link.

Because I was bored descoberto via Zone41.

terça-feira, maio 08, 2007

Nada a fazer

Ferro-velho

Quem adivinha os preços que estão a pedir numa loja dos Les Marroles por cada uma destas maravilhosas antiguidades?


Bicicleta praticamente nova, usada apenas para pequenas deslocações submarinas, o que explica a abundância da ferrugem.




Estante em ferro de quatro prateleiras, outrora verde-água. Prateleira de cima ligeiramente partida ao meio, mas nada que não se conserte com quatro ou cinco marteladas bem dadas.

segunda-feira, maio 07, 2007

Artificial Animals Riding on Neverland

Ou AaRON. É o nome do duo, cujo site oficial se encontra aqui.
U-turn (Lili). É o nome do tema de que falei no post anterior. Faz parte da banda sonora do filme francês Je vais bien, ne t'en fais pas (2006). É simplesmente o tema mais espectacular que já ouvi nos últimos tempos! Ora ouçam.


De serviço


Todo o dia a ouvir esta rádio, a ver se descubro o nome do cantor e o nome do melhor tema ouvido nos últimos tempos.

A informação que procuro escapou-se-me habilmente todas as três ou quatro vezes que ouvi o tema de que falo... Que frustração!

domingo, maio 06, 2007

Bientôt dans toutes les mairies



(Recebido por e-mail)

sexta-feira, maio 04, 2007

Foi em segredo?



Não sabia que este evento já pertencia ao passado.
É tão mau que já não o anunciam ou fui eu que andei distraída?

Série comentários postados


Eu, de facto, gosto de marcar a diferença começando pelos pés. Também a preto e branco, mas troco as bolinhas pelas riscas. Tipo, para não dar azo a piadas do género, olha uma bola com bolinhas nos pés!

Em tempo: quem se lembrar de largar a piada olha uma bola com risquinhas nos pés, será deslinkado. Sobretudo porque ninguém está a par dos efeitos do meu regime alimentar no meu look pré-estival.


Obrigada




Aqui fica outro agradecimento, à Rahlo Ortuo e ao Espumante, por mais este prémio. São uns queridos!

Ih, ih, ih...


É a isto que eu chamo tomar do próprio remédio. Pena é ser pouco.

quinta-feira, maio 03, 2007



O resultado do embate de ontem à noite foi ACMilan/MUnited: 1 - NSarkozi/SRoyal: 0.

quarta-feira, maio 02, 2007

O mal do dia

A caminho do aeroporto de Bruxelas, quando estamos mesmo quase a lá chegar, há, no meio das vias, um conjunto de vários balões gigantescos. É um anúncio publicitário de um dos operadores de telemóveis belgas. Nesses balões, há várias coisas escritas. Uma delas é a expressão francesa mal du pays, que significa saudades do país (saudades de casa).

Nunca percebi se a intenção do anúncio é referir as saudades que se vai ter do país de onde se parte ou se as saudades que se tem do país para onde se vai, mas não é sobre isso que me perco em reflexões.

O que faço é entreter-me a pensar, sob um sorriso de escárnio, que giro é traduzir a expressão à letra e pensar em males do país. Assim só por pura maldade. O resultado foi já alguns posts publicados neste blog, ao longo deste ano e meio de existência. E, agora, mais este.

Arregaço as mangas, esfrego as mãos, estalo os dedos e cá vai disto. Vou dizer mal de que mal, desta vez?... Ah, sim, dos hipermercados!

A Bélgica tem muitas coisas boas, acreditem que tem, senão ninguém aguentava cá viver anos a fio debaixo de um céu cinzento durante a maior parte do tempo. Mas os hipermercados, asseguro-vos, sobretudo quando comparados com os estabelecimentos Belmiro, vocês nunca viram nada assim.

Logo para preparos, temos os horários de abertura ao público. Ou melhor, de fecho, que fechados é como os ditos estão quando dava mais jeito fazer umas compras, já sem as crianças a reboque. Gostavam de fazer compras ao fim do dia, depois das oito, por exemplo? Ou ao domingo de manhã?... O tanas! Se não têm tempo de fazer compras durante a semana, façam-nas ao sábado, como toda a gente!... Não podem suportar corredores estreitos onde mal se cruzam carrinhos de compras? Ficam incomodados se por acaso já se esgotou a marca de água que consomem? Causa-lhes transtorno esperar meia-hora para pagar?...São alguns lordes ou quê?!!

Depois há o problema da falta de variedade para a escolha dos consumidores. Não me refiro, obviamente, à cerveja, mas a um outro produto que, embora sabendo que não é um bom exemplo, não posso deixar de mencionar: os sabonetes – e aqui faço o meu sorriso de escárnio, não sei se conseguem imaginá-lo. Nos hipermercados belgas, não há grande escolha em matéria de sabonetes. Há cinco ou seis variedades, e é tudo. Resultado: corro o risco de pagar excesso de peso de bagagem cada vez que vou a Portugal. Da última vez, consegui até trazer sabonetes de pétalas de rosas chinesas, de óleo de amêndoas doces com esfoliante e de leite de jasmim tailandês. E isto porquê? Porque cá já estou farta do Dove e do Sanex e não arranjo mais nada de jeito!

Finalmente, e porque já escrevi mais do que vocês têm paciência para ler, há o problema da desarrumação e da falta de brio na exposição dos produtos, em nada comparável ao que vejo por Portugal. Isto já para não falar de um Carrefour que tive de visitar há duas semanas, ali mais para a zona de Anderlecht, no qual me senti como se estivesse na twilight zone, tanto pela forma como as coisas estavam expostas, tombadas, caídas ou partidas pelo hipermercado fora, como pela apresentação dos empregados ou, até, pelo deplorável estado da casa-de-banho (e respectivos odores) que a mini-bexiga do Migas me obrigou a visitar, não sem, obviamente, ter de pagar 30 cêntimos a uma loira ranhosa que se apresentava como Madame Pipi.

Resumindo, digamos que, hoje, o mal do país - que afinal de contas parece que causa mesmo saudades do (outro) país -, foi não ter por cá esses maravilhosos estabelecimentos Belmiro. Mas, já que aqui estou, deixo um apelo a quem conheça o Engenheiro, para que lhe diga que venha investir para estes lados. É sucesso empresarial garantido.


Na imagem: Le mal du pays, de René Magritte