sexta-feira, setembro 29, 2006

Pormenores de somenos importância


É sexta-feira e já estou quase com um pé fora do escritório. A semana foi longa, cheia de trabalho e estou cansada.
Para ir descomprimindo, ligo-me à Rádio Comercial com a intenção de ouvir uma musiquinha. Mas eis que na home page da dita rádio, algo me chama a atenção: posso ouvir (em diferido) o último programa do O meu Blog dava um programa de rádio. Decido experimentar e é isso que estou a ouvir enquanto escrevo este post.
O programa é dedicado ao blog Pressões Digitais, que está no blogspot. com, mas eles insistem em passar o spot que diz que ele está no blog.com...
Custará muito fazer as coisas bem?... Irra!

quarta-feira, setembro 27, 2006

Virodisco XX


Os Radiohead bisam no Lote 5.

Estava mesmo a apetecer-me ouvir esta música...

terça-feira, setembro 26, 2006

Quanto custa?



Hoje enchi o depósito do carro por um preço mais baixo do que foi habitual nos últimos tempos. Num dos hiper-mercados de Bruxelas, onde vendem a gasolina mais barata, cada litro de gasolina sem chumbo 95 custou 1,197€.

Será que toda a gente repara no preço da gasolina quando vai encher o depósito ou será que não querem nem sequer saber?

segunda-feira, setembro 25, 2006

Enquanto o Sol não chega



Anteontem procurei-os. Aos dois. A um, no céu, ao outro, na loja portuguesa, entre sumos Compal, croquetes e enchidos da Beira Baixa. Nada.

Só encontrei o Expresso, na sua versão renovada, que não me desagradou de todo. Agora, pelo menos, consigo lê-lo sem ficar com cãibras nos braços. E, como bónus, tive direito a um DVD de um filme que até gostava de ter visto, mas ainda não tinha tido oportunidade.
Ainda não acabei leitura do jornal, mas até agora quedei-me em três frases, a propósito dos três diferentes temas abordados na coluna do Fernando Madrinha, que passo a citar.

1. (A propósito do Procurador-Geral da República): Antes de Cunha Rodrigues, quantos portugueses sabiam o nome do procurador-geral da República?

Fico roída de inveja quando alguém faz uma constatação de um facto tão simples e, simultaneamente, tão interessante. Era bastante evidente, mas até parece mentira. O facto sempre esteve lá, mas só agora, porque alguém se lembrou de se lhe referir, ele parece ganhar contornos novos. Chamem-me tontinha das ideias, mas isto, para mim, é super interessante!


2. (Sobre a crise de Budapeste): Ficam a saber que não é proibido mentir, bem pelo contrário; o que é fatal e rigorosamente interdito é dizer a verdade acerca de uma mentira. A saída é mentir sempre...

Gosto bastante quando desencanto boas frases acerca das habilidades dos políticos. Já me tinha esquecido de quanto o Fernando Madrinha é talentoso nesta arte.


3. (Sobre as seringas nas prisões): Uma vez que existe droga, mas faltam seringas, o Ministério da Saúde, prestimoso, quer fornecê-las aos toxicodependentes. No dia em que, por absurdo, lhes faltar a droga, o mesmo Ministério, para ser coerente, passará a fornecê-la. Não?

Este é um tema polémico que já aqui abordei e que, na altura, também deu um bocado de polémica.

É interessante constatar que poucas pessoas são a favor desta medida e será também interessante olhar para o vizinho do lado - neste caso, a Espanha - e ver o quais são os resultados da adopção de medidas relacionadas com o tema das seringas nas prisões: as já famosas salas de chuto. O Expresso fez uma reportagem sobre o assunto.

Arrisco-me a alvitrar que, daqui a nada, haverá um ou outro concelho português disposto a trocar uma sala de chuto por uma co-iceneradora. Uma questão de mal menor.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Ideias para o Natal #2



Este foi um dos objectos mais recentes dos meus ataques de Eu quero, eu quero, eu quero!, à semelhança deste e deste. I'm a material girl, não há nada a fazer...

Chama-se Flip Flap e é um produto da Tomy. É a planta ideal para ter em casa, sobretudo para aqueles que se esquecem de regar as plantas, porque não precisa de água. Contudo, precisa de luz, pois as suas folhas movem-se se forem colocadas ao sol ou debaixo de uma luz artificial. Podem ver o video das folhas a mexer e/ou comprar o Flip Flap, aqui.

Parece-me ser uma excelente prenda de Natal. As mulheres gostam destas coisas! Pelo menos, algumas...

terça-feira, setembro 19, 2006

Update à força


Escrever por uma ninharia é ridículo. Se um homem quer realmente enriquecer, o melhor é fundar a sua própria religião.
Quem verbalizou esta ideia foi L. Ron Hubbard, escritor de romances de ficção-científica e fundador da Cientologia, entre outros delírios.
Longe de querer enriquecer à custa da ingenuidade alheia, lá vou continuando a escrever neste blog. Cada vez menos, é certo, que a vontade se gasta, mas melhores dias virão. Ou não.

sexta-feira, setembro 15, 2006

(In)Definições



Felicidade é descobrir que não gostamos de todas as malas da mais recente colecção Outono-Inverno da nossa marca favorita.

Assim o desgosto é mais leve de suportar.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Boa pergunta!

A meio do segundo episódio da segunda série do LOST, pergunta-me o Chefe: O que seria dos filmes americanos se não fossem as condutas de ar condicionado?...


Bem visto, sim senhor!

terça-feira, setembro 12, 2006

Dez boas razões para acabar de vez com o futebol


Prefácio (do Chefe): Após Marcelo Rebelo de Sousa e o Blasfémias, chegou agora a vez de a Carlota articular sobre futebol.
Nos meus early-teens, fui uma verdadeira fã de futebol.

Durante algum tempo, porque a minha cor favorita era o azul, fui do Futebol Clube do Porto. Mas a coisa durou pouco. Aos doze anos, tornei-me numa fervorosa adepta da equipa que, à época, papava campeonatos e taças com uma perna às costas: o Benfica.

O fanatismo era tal que - agora espanta-me como fui capaz de tal coisa! -, até ouvia os relatos dos jogos. Para além disso, sabia os nomes de todos os jogadores benfiquistas e tinha ódios de morte a jogadores como o Fernando Gomes ou o Manuel Fernandes. Enfim... demências da juventude!

Quando, uns anos mais tarde, comecei a ter outros interesses e, sobretudo, idade para ter juízo, passei a achar o futebol uma palhaçada. E foi com essa postura que me mantive até aos dias de hoje.

Apesar de não ter deixado de ser benfiquista, a verdade é que, hoje em dia, o futebol, pura e simplesmente, não me interessa. Mais do que isso, tenho defendido, de alguns anos a esta parte, a sua extinção. E passo a explicar porquê.

1) Os jogos.
Em si, são uma seca. Além disso, fazem gastar-se dinheiro na assinatura da Sport TV, gasta-se a televisão e gasta-se electricidade. Gastam-se tímpanos, roem-se unhas e gasta-se a minha paciência.

2) Os jogadores e os adeptos.
Os primeiros têm uma postura excessivamente agressiva, são violentos e passam os jogos a cuspir. Isto já para não falar de quando pressionam uma narina e se assoam directamente para o chão. Os segundos, por seu turno, transformam-se a ver os jogos e, involuntariamente ou não, gritam palavrões e chamam nomes aos árbitros e aos jogadores das equipas adversárias. E se isto, por si só, já é mau, piora significativamente quando há crianças por perto. Não é, pois, de nos admirarmos quando os infantes se viram para nós e nos dizem: Estás a ver aquele gajo?... É um filho da p...

3) As entrevistas com que temos que levar a seguir aos jogos.
São castigos cruéis. Como se fosse possível sair alguma coisa de jeito da boca dos jogadores e treinadores (antes ou) depois de um jogo. E por muitos palavrões que se tenham dito durante o jogo, ninguém merece ser submetido a tais sevícias.

4) Os Morangos com Açúcar, a Floribella, as telenovelas portuguesas em geral, o teatro e o cinema português.
O futebol afasta os verdadeiros talentos das produções televisivas, teatrais e cinematográficas. Quem com engenho finge que sofreu uma falta brutal, rebolando-se à equerda e à direita e produzindo esgares sofridos até à chegada de uma maca, só pode ser um natural born actor e devia antes estar num palco ou em frente a uma câmara. Afinal, a carreira de actor sempre é mais longa do que a de futebolista.

5) Os jornais desportivos.
Como se não bastasse a atmosfera para a propagação da praga, ainda há quem insista em reproduzi-la em versão papel. Um verdadeiro desperdício. Tenho a certeza de que se não fossem os jornais desportivos, o desbaste da floresta amazónica não seria tão preocupante.

6) A vulgarização, proliferação e eternização de conferências de imprensa relacionadas com o futebol.
Por si só, era motivo suficiente para interditar mais de metade dos dirigentes desportivos. Recordo duas das últimas que tive de ouvir como tema de fundo nos últimos tempos: Gilberto Madail a propósito da selecção portuguesa e Valentim Loureiro, mais recentemente, por causa do "Caso Mateus".

7) A sanidade mental do Miguel Sousa Tavares.
Há que resguardar a imagem de detentores de mentes brilhantes e de escritores de gabarito, como é o seu caso.

8) A preservação da língua portuguesa.
Para nos dar cabo da língua, já bem bastam as telenovelas brasileiras. São dispensadas, de bom grado, as expressões que são ditas e repetidas durante os relatos de futebol. Só a título de exemplo, esta pérola que ouvi da boca de quem relatava um jogo empatado a zero quase ao fim dos 90 minutos, aquando da execução de um livre: Toda a equipa subiu no terreno. O treinador pôs toda a carne no assador!

9) O José Mourinho.
Porque já está mais que provado que o homem é um bom treinador. Agora falta ver até onde pode ir como modelo fotográfico.

10) Porque o verdadeiro jogo não se faz nas quatro linhas, mas sim fora delas.
À mesa de bons restaurantes, entre outras negociatas, em gabinetes de advogados e engenheiros, em casas de alterne, durante viagens ao Brasil ou, pura e simplesmente, por telefone. Os 90 minutos de futebol, em si, são para inglês ver. Só que, neste caso, o inglês tem um negro bigode farfalhudo e bebe Super Bock.

Atendendo ao adiantado da hora e nada mais me ocorrendo, dou por encerrada a minha exposição, que me parece ter sido esclarecedora. Agora, se quiserdes continuar a aplaudir os palhaços, ide! E, já agora, não vos esqueceis de contribuir para o pagamento dos seus ordenadozinhos. Comprai a GameBox do Sporting, o champô para cães e gatos do Benfica (*) ou a assinatura de telemóvel dos Dragões.

(*) Comprovar a existência do dito champô no catálogo da Loja do Benfica que foi distribuido com o Expresso de, salvo erro, 26 de Agosto.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Ideias para o Natal #1


Estes livros-relógio são muito giros e relativamente em conta. Estão à venda aqui.
Desde há alguns anos, é em Setembro que começo a recolher ideias de prendas para o Natal e até, quando encontro a coisa certa, a comprar alguns presentes.
Para falar verdade, porém, este ano a época de aquisições natalícias foi inaugurada em Julho...

domingo, setembro 10, 2006

Notícia de última hora


A edição impressa do jornal Expresso vai estar acessível on-line, sem restricções, durante os próximos 15 dias.

Vamos lá a aproveitar a oportunidade, sem nos preocuparmos com o motivo da oferta!

sábado, setembro 09, 2006

Excepção


Cheguei lá através de alguém que foi directo ao assunto.
Nunca fui adepta do uso de palavrões, mas acho que neste caso particular, os termos utilizados justificam-se.
Pensando melhor, são é insuficientes.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Causa ou efeito


Acabei de constatar visualmente que uma das minhas colegas de trabalho - francófona, mas desconheço se belga, se francesa - anda há três dias com a mesma roupa.
Pus-me a pensar e não cheguei a nenhuma conclusão. Não sei se quer poupar água e por isso faz por ter menos roupa para lavar ou se a poupança de água é apenas o efeito secundário do facto de não mudar de roupa.
Se calhar estou é a cometer uma grande injustiça. Pode sempre acontecer que lave a roupa todos os dias antes de se deitar. Ou pode ser que tenha várias peças de roupa iguais. Ou que tenha apenas aquela roupita. Ou saiu por aí uma qualquer norma interna para que usemos aquele uniforme no trabalho e eu enfiei o papel nalgum lado sem o ler...
Ou, pronto, se calhar é mesmo badalhoca...

Já não era sem tempo!



Finalmente, e à semelhança dos que se passa com os demais telejornais da Europa civilizada, o Telejornal da RTP1 vai passar a ser mais curto. E é já a partir do dia 11 de Setembro.

O tempo é cedido a outros programas de informação, que variam consoante o dia da semana, mas que são muito bem-vindos. Aguardo com ansiedade as grandes reportagens e, com curiosidade, os programas do Diogo Infante (sobre a língua portuguesa) e do Provedor do Espectador.

Vamos lá ver se, de uma vez por todas, a RTP deixa de ser uma maria-vai-com-as-outras e passa a desbravar o seu próprio caminho.

Aviso


É de todo recomendada a não reformulação dos vossos blogs de acordo com a proposta do Blogger que referi uns posts abaixo.
É que há quem tenha experimentado, com resultados negativos.

terça-feira, setembro 05, 2006

E é festejar-te assim, perdidamente!



A terra que viu nascer Florbela Espanca estará em festa no próximo fim-de-semana. Assim o anuncia um dos vizinhos mais antigos aqui do Lote 5.
A bem dizer, a Festa dos Capuchos 2006 começa na sexta-feira (dia 8) e prolonga-se até à segunda-feira seguinte.
É um bom motivo para ver ou rever Vila Viçosa!

Check it out!


novidades no Blogger. A não perder.
Ora ide lá espreitar!

Eu bem me avisei!


Eu sabia que o post que precede este ia dar nisto. Todos a fazerem elogios ao Chefe e a mim ninguém me conforta.
Onde é que está essa solidariedade blogosférica?...
Hein?!!!

Damn it!


Ou quando, afinal, o sentido de humor deixa de ser uma das características masculinas mais apreciadas.

Eu (a folhear a revista Car) - Sabes?... Acho que estou a precisar de mudar de carro...
Ele - ...?
Eu - O que é que me sugeres?
Ele (após três segundos de reflexão) - Leva o meu amanhã.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Não chego para as encomendas


É a única expressão que me ocorre quando vejo - com contentamento - uma caixa de comentários cheia (como é o caso da anterior a este post), mas não consigo - infelizmente - ter tempo para dar resposta a toda a gente, como gosto de fazer.
Há que dar prioridade a outras coisas e, desta vez, escolho concentrar-me na redacção de outros posts. O próximo, contudo, é capaz de só sair amanhã.

sábado, setembro 02, 2006

A negra história de Merchtem


Merchtem é uma comuna na Flandres, mas a apenas 20 kms de Bruxelas.
Nesta comuna - algo parecido com um município, mas com bastantes mais poderes administrativos - foi recentemente aprovado, por unanimidade, um regulamento segundo o qual apenas se poderá comunicar em flamengo nas escolas públicas comunais.
Assim sendo, por exemplo, os pais francófonos cujos filhos estejam a estudar nas referidas escolas, só poderão dirigir-se aos professores em flamengo.
O burgmester de Merchtem justifica a adopção deste regulamento dizendo que é normal que a língua utilizada na escola seja o flamengo. Porque Merchtem é uma comuna flamenga e a educação é financiada pela comunidade flamenga. Tipo toma e embrulha!
O regulamento a que acima me refiro vai, contudo, mais longe e proibe que, no recreio, as crianças falem noutra língua que não a única permitida, sob pena de serem castigadas.
E assim vai este país... Pergunto a mim própria, qual Jô Soares, que mais lhe irá acontecer? Talvez um outro regulamento comunal que obrigue as crianças não flamengas a usar uma estrela amarela nos casacos?
Um blog belga por onde passei, referindo-se a este assunto, levantou a pertinente questão de se saber se, por exemplo, os cães de Merchtem também deverão ser obrigados a ladrar em flamengo. Um comentador desse blog deu logo a saber que as más-línguas dizem que os cães ladram em flamengo.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Rápido relatório preliminar


Preparação para o post que segue.
Para situar os mais distraídos, a Bélgica é uma monarquia. Dividido em três regiões - a Flandres, a Valónia e Bruxelas Capital -, este país encerra ainda uma segunda divisão: a das comunidades linguísticas (a neerlandesa, a francófona e a germânica). As comunidades linguísticas não correspondem exactamente à divisão territorial.
Na Flandres, a língua oficial é o flamengo (uma espécie de holandês assaloiado), sendo raro encontrar um flamengo que nos responda se se lhes dirigirmos em francês. E isto porque muitos flamengos não falam francês, pura e simplesmente, ou, falando, fingem que não percebem. É assim como quando vamos à Alemanha e encontramos aqueles alemães casmurros que fingem que não falam inglês quando lhes perguntamos onde fica a bomba de gasolina mais próxima.
Na Valónia, fala-se maioritariamente francês. E é escusado tentar o flamengo, que eles desconhecem-no. O pior é que também não são lá grande coisa em mais nenhuma língua. São como os franceses propriamente ditos: só falam francês ou, se falam inglês, mais valia tentarem a mimica porque o sotaque é tão mau que a gente não percebe nada!
O alemão é falado apenas em algumas comunas da parte oriental da Bélgica. Estão em minoria e, por isso, ninguém lhes dá muita importância. Vou fazer o mesmo.
Já na região de Bruxelas-Capital, a coisa funciona de outra forma. É uma região bilingue. Isto significa que, em princípio, toda a gente fala francês e flamengo. Nas lojas, nos correios, na administração pública e por aí fora. Os produtos no supermercado e nas lojas têm de ter etiquetas bilingues, todas as placas com os nomes de ruas têm a versão francófona e a versão neerlandesa e nas vias rápidas e auto-estradas, as indicações das direcções também estão em ambas as línguas.
Quanto às crianças belgas e às línguas que falam e em que aprendem nas escolas, a coisa segue o organigrama das regiões: na Flandres aprende-se em flamengo, na Valónia em francês e na região de Bruxelas existem escolas flamengas e escolas francófonas, onde, suponho, também se aprende uma das outras línguas oficiais da monarquia belga.