quarta-feira, janeiro 31, 2007

Diz-me o que veste o teu desktop!


O desktop do meu PC no trabalho, tem uma fotografia do Migas junto aos pinguins do jardim zoológico de Antuérpia. Já o do meu portátil (em casa), tem a estante que também uso na barra lateral aqui do blog, que é uma ilustração de Colin Thompson.


E vocês, vizinhos, como vestem o(s) vosso(s) desktop(s)?

terça-feira, janeiro 30, 2007

A Redacção da polémica


A comunidade belga francófona debruçou-se hoje sobre a escolha de um texto para um teste que será submetido aos alunos da 5éme primaire (crianças com cerca de 10 anos, portanto). Esta escolha causou bastante polémica por estes lados, por parte de pais e professores.


Trata-se do seguinte extracto (denominado Rédaction) do livro do autor francês Bernard Friot Encore des histoires pressées:


Tous les lundis, c'est pareil. On a rédaction. "Racontez votre dimanche." C'est embêtant, parce que, chez moi, le dimanche, il ne se passe rien : on va chez mes grands-parents, on fait rien, on mange, on refait rien, on remange, et c'est fini.
Quand j'ai raconté ça, la première fois, la maîtresse a marqué : "Insuffisant." La deuxième fois, j'ai même eu un zéro.
Heureusement, un dimanche, ma mère s'est coupé le doigt en tranchant le gigot. Il y avait plein de sang sur la nappe. C'était dégoûtant. Le lendemain, j'ai tout raconté dans ma rédaction, et j'ai eu "Très bien".
J'avais compris : il fallait qu'il se passe quelque chose le dimanche.
Alors, la fois suivante, j'ai poussé ma soeur dans l'escalier. Il a fallu l'emmener à l'hôpital. J'ai eu 9/10 à ma rédac.
Après, j'ai mis de la poudre à laver dans la boîte de lait en poudre : ça a très bien marché : mon père a failli mourir empoisonné. J'ai eu 9,5/10.
Mais 7/10 seulement le jour où j'ai détraqué la machine à laver et inondé l'appartement des voisins du dessous. Dimanche dernier, j'ai eu une bonne idée pour ma rédaction. J'ai mis un pot de fleurs en équilibre sur le rebord de la fenêtre. Je me suis dit : "Avec un peu de chance, il tombera sur la tête d'un passant, et j'aurai quelque chose à raconter."
C'est ce qui est arrivé. Le pot est tombé. J'ai entendu un grand cri mais, comme j'étais au W.-C., je n'ai pas pu arriver à temps. J'ai juste vu qu'on transportait la victime (c'était une dame) chez le concierge. Après, l'ambulance est arrivée.
Ça n'a quand même servi à rien. On n'a pas fait la rédaction. Le lendemain, à l'école, on avait une remplaçante. "Votre maîtresse est à l'hôpital, nous a-t-elle annoncé. Fracture du crâne."
Ça m'était égal. On a eu conjugaison à la place. La conjugaison, c'est plus facile que la rédaction. Il n'y a pas besoin d'inventer.


Eu, sinceramente, não vejo que problema acrescido a leitura deste texto pode trazer à vida de uma criança de dez anos. Não me parece mais grave do que, por exemplo, deixá-la ver o telejornal. E para além de não ver onde está a gravidade na escolha que foi feita, parece-me que esta, a existir, dissipar-se-á se os pais e os professores não se furtarem às suas obrigações pedagógicas. Ou estarei a ver o filme demasiado longe do ecrã?

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Arrumação sentimental


Hoje, não estou para ninguém.

Vou mergulhar no fundo das gavetas da secretária do escritório, desencantar postais antigos, ressuscitar papelinhos rabiscados de segredos e descobrir fotografias não vistas há anos e anos.

Vou virar caixas de cartão repletas de memórias e encontrar tudo aquilo que já me esqueci de procurar.

Vou empilhar tudo e voltar a arrumar os meus tesouros num móvel novo. Por ordem sentimental.

domingo, janeiro 28, 2007

Que coisa fantástica!



O sketch do Gato Fedorento a propósito dos videos do Marcelo Rebelo de Sousa no YouTube que passou há momentos na RTP foi excelente.

Alguém tem de dar um tapa ao Ricardo Araújo Pereira na próxima vez que ele afirmar que não é (bom) actor.

Adenda: para ver o sketch, clicar aqui.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Globalização, uma ova!


Podia pôr-me para aí a divagar sobre o que acontece quando as boas notícias, que tardam mas não falham, chegam tarde e a más horas...

Mas não! Decidi que, desta vez, vou directa ao assunto: se ele tivesse sabido da existência disto, ela teria acendido muito menos cigarros e hoje teria uma pele (e uns pulmões!) em muito melhor estado.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Série Ângulos Perfeitos

sábado, janeiro 20, 2007

Falta de jeito


Num misto de solidariedade para com quem tem a humildade de confessar em que é que é desastrado e de oportunismo porque hoje não fazia a mais pálida ideia sobre o que escrever, lembrei-me de deixar aqui registadas duas faltas de jeito inatas que me frustram completamente.

É que não tendo embora quaisquer problemas em pôr videos no blog, chateia-me intensamente não ser capaz de, por exemplo, fazer um arroz doce decente. Adoro arroz doce e não sou de todo desajeitada para os cozinhados, mas sempre que me proponho a fazer aquela sobremesa, sai, in-va-ri-a-vel-men-te!, uma grande porcaria!

Outra coisa para a qual não tenho jeitinho nenhum - e que, por acaso, põe o Chefe de cabelos em pé -, é para enrolar fios eléctricos e amarrá-los com aqueles fiozitos de arame. Haviam de ver em que estado fica o fio do carregador do meu telemóvel cada vez que o arrumo...

De qualquer das formas, sei que não estou sozinha na falta de jeito. Por isso, vizinhos, fico à espera que (me) confessem os vossos desastres. É só abrir a caixa dos comentários aqui em baixo e deixarem-se de vergonhas, vá!...

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Tempestade anunciada


Na passada segunda-feira, foi anunciado que hoje seria um dia de tempestade. Acertaram em cheio. Chegou o vento e instalou-se o caos. Nunca vi tanto objecto voador de dimensões verdadeiramente perigosas, tantos chapéus-de-chuva virados do avesso, tanta gente com a parte superior do corpo inclinada para a frente para poder andar contra o vento ou inclinada para trás para não ir com ele. Cheguei a ver pessoas agarradas a postes de semáforos para não serem arrastadas para o meio da estrada antes do sinal para os peões ficar verde.

É verdadeiramente impressionante o poder das forças da natureza.



quarta-feira, janeiro 17, 2007

Série Ângulos Perfeitos

Autor desconhecido

Série Ângulos Perfeitos

Autor desconhecido

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Ah, os homens...


Desde que cheguei à blogosfera, tenho sido surpreendida pela forma como alguns homens se apresentam ao leme dos seus blogs. Nunca a mim me espantou que as mulheres aderissem facilmente à escrita blogosférica porque, como mulher que sempre viveu a escrever, para mim a escrita é inerente à feminilidade. Mas os homens… ah, os homens!... Sempre achei que nunca teriam nenhuma sensibilidade para escrever sobre si próprios e a realidade que os rodeia (os chamados porcos insensíveis) ou, a fazê-lo, seriam demasiado lamechas (os conhecidos pieguinhas). E com isto concluía que blog de homem só aquele que fosse a extensão/promoção da carreira profissional, de cariz técnico ou exclusivamente dedicado à política ou ao futebol.

Foi com satisfação que descobri que andava completamente enganada. A blogosfera foi invadida por uma série de curiosos arejados, despretensiosos e descomplexados, que não têm problemas em escrever sobre o que lhes vai na alma e que conseguem fazê-lo sem pieguice. Na maioria dos casos, cumulam com todas estas qualidades um sentido de humor apurado, que - e isto é muito importante!!- lhes permite não se levarem excessivamente a sério. É que não há nada mais perigoso do que um homem que só se leva a sério.

São os blogs destes homens que eu gosto de ler, pois tal como na vida atmosférica, não tenho a menor pachorra para aqueles chatos que passam a vida a ensaiar os seus talentos, a falar sobre os aspectos técnicos do seu trabalho, a divagar acerca da política e/ou, pior ainda, a comentar jogadas de futebol ou a comparar as tabelas da classificação dos campeonatos da primeira liga nos meses de Dezembro dos últimos vinte anos. E isto só a título de exemplo porque a minha paciência é, de facto muito, muito limitada.

Estes homens também se portam com dignidade nas caixas de comentários. Nas dos seus blogs, nas dos outros e, sobretudo, nas das outras. Contudo, verifica-se que nas suas caixas, não pululam muitos comentários dos seus pares. A não ser que os assuntos abordados sejam, lá está, técnicos, políticos ou de cariz desportivo. Ou seja, a coisa só funciona em casa. Quando comentam fora, estes bloggers têm maioritariamente tendência a dar uma de porco insensível, sob pena de serem considerados pieguinhas.

Bem vistas as coisas, não é nada diferente do que se passa na vida na atmosfera...

N.A. - Há uma séria possibilidade de eu dar continuidade a este tema, atendendo a que acho supimpa escrever sobre ele. É o chamado loads of fun.

sábado, janeiro 13, 2007

Aviso aos leitores

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Top 100 dos Grandes Portugueses


O Público publica hoje o top 100 dos Grandes Portugueses.


De todos, apenas há seis de quem nunca tinha ouvido falar. Desses seis, destaco o grande Hélio Pestana, sobre o qual fiz uma rápida pesquisa, tendo ficado a saber que se trata de um jovem actor dos Morangos com Açúcar que adora joguinhos debaixo dos lençóis e empadão de esparguete, detesta energias negativas, acha que a amizade é amor sem beijinhos e tem o grande defeito de, às vezes, se achar um mártir. Não estou a inventar, está tudo aqui.


Fiquei também a saber, e cito, que o Hélio teve um desgosto de amor a pouco tempo, e diz que agora quer ficar sozinho durante uns tempos, a conhecer novas pessoas e a curtir a vida. Mas se aparecer a alma gemia…melhor. Os sublinhados são meus e é fácil perceber porquê.


Conclusão (em jeito de promessa): nas próximas legislativas, farei campanha eleitoral porta-a-porta pelo partido que tiver a coragem de propor os 21 anos como a idade mínima para os cidadãos poderem votar.

Pontos de criatividade

Mastercard Floribella

Amigos, estrelas e o amor verdadeiro não pode comprar.
Para tudo o resto, use Mastercard Floribella.™

Este e outros serviços e produtos Floribella, podem ser encontrados não no mercado, mas num blog de um realizador com demasiado tempo livre (nas palavras do próprio, nada de confusões!).

Olhos cor de luz


Compreendo perfeitamente todas essas dúvidas acerca da cor dos olhos. E explico-te porquê.

No outro dia, vinha a descer das Amoreiras para o Marquês e o semáforo ficou vermelho mesmo à entrada da rotunda. Com o carro parado e por motivo nenhum, calhei a olhar para o homem que guiava o carro parado ao lado do meu no momento em que ele fazia a mesma coisa para o meu lado. Nesse instante, o mundo passou a mover-se em câmera lenta. É que estava a olhar para os olhos mais luminosos que alguma vez vi. Ainda hoje consigo vê-los, mas, apesar disso, não te sei dizer de que cor eram. A não ser que existam olhos cor de luz.

Ah, o que posso é dizer-te a quem pertenciam os ditos olhos. Ao senhor da fotografia aqui em cima.

Na calha

Na sequência deste post da MCM.
Vão é ter de esperar, pois elas são tantas (as manias), que nem sei por onde começar!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Eu na TV?


Esta história não é ficção. Qualquer diferença entre a mesma e a realidade é pura falta de memória.

Dezembro de 2006. Ante-véspera de Natal. Arrasto-me pela Baixa lisboeta para comprar duas ou três coisitas, entre as quais uma pilha para um relógio que o Migas insiste em trazer no pulso. Apesar de obviamente ainda não saber ver as horas, acha que o efeito que o relógio tem nele não é o mesmo quando os ponteiros não saem do mesmo sítio.

Entro no centro comercial do Chiado e avisto o meu destino: a loja da Boutique dos Relógios. Para os mais distraídos, trata-se de uma cadeia de relojoarias. Ou assim parece. É, pelo menos, o que acham os mais incautos.

Entro na loja e dirijo-me ao balcão, onde se encontra uma senhora muito aperaltada que me pergunta o que pretendo.
- Queria uma pilha para este relógio, se faz favor - digo, tentando desapertar o dito do pulso do infante cujos olhos já brilham, antecipando a felicidade de ver uns ponteiros a mexer.
A senhora olha-me como se eu lhe estivesse a pedir que me servisse um café e responde-me:
- Aqui não vendemos pilhas para relógios!
Fito-a, surpreendida, faço uma curta pausa e pergunto: - E sabe dizer-me onde posso comprar uma?
Dá-me a resposta, com prontidão: - Numa relojoaria da Baixa!

Olho à minha volta, primeiro para confirmar que não entrei na Body Shop e depois a ver se consigo vislumbrar alguma câmera escondida. Seria a minha estreia nos Apanhados...
Para meu espanto, nada acontece. E também não consigo articular nem mais uma palavra. Aperto a mãozinha pequena que nunca cheguei a largar e saio do boteco. Para não mais voltar.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

As prendas no sapatinho

Aqui estão, com um considerável atraso, as prendas para os que deixaram o sapatinho na chaminé. Não consegui entregá-las antes porque levo sempre muito tempo a fazer compras e queria dá-las todas ao mesmo tempo. Espero que gostem e que não se importem por elas irem com os preços. É que não consegui descolar as respectivas etiquetas.

Para o Patch, um Gorilla Pod, para aumentar as possiblidades de belas fotografias. Podias amarrar isto à ponte D. Luís, para termos uma nova perspectiva das margens do Douro...










Para a MJ, uns Rythm Sticks. Assim descansas do violino e desenvolves outros músculos dos braços.








Para a Pitucha, um lançador de mísseis USB. Podes pô-lo na tua secretária no trabalho e disparar os mísseis quando aqueles chatos dos teus colegas vierem com a costumeira conversa da treta.











Para a MCM, um relógio original. Para pores na tua loja e divertires-te a convencer os espanhóis de que em Portugal os relógios são todos assim.











Para a Laura, uns ovos. Vai ter de os partir. Não para fazer omeletes, mas para deixar crescer umas lindíssimas flores.











Para a Xana, uma máquina de fazer bolas de sabão. Para o banho relaxante que tomares mesmo antes de, finalmente, vires visitar-nos a Bruxelas. Isto tem prazo de validade, hein?...












Para a Deep, que está em Trás-os-Montes, um Slanket. É para que as baixas temperaturas não te afastem da blogosfera.











Para a Alice,um Ozone Inflatable Louger, com colunas de som incorporadas. Para descansares depois de toda a trabalheira que tens por dares conselhos a tanta gente.












Para a Rafaela, um telefone muito, muito retro. Tenho a certeza de que vais gostar e, além disso, até está na moda.













Para a Sinapse, uma Fonte de Chocolate Premium. É que acho que para onde tu vais o chocolate não deve ser tão bom como o belga!














Para a Um Outro Olhar, uma máquina de fazer algodão doce. Achei que ias gostar... Algodão doce para aguém doce.















Para a Ana, uma camisola para o saco de água quente que ela adora. Assim, nunca mais o largas.















Para o Espumante, um GPS. É especialmente concebido para te prevenir cada vez que passa ao lado da Calçada da Ajuda.










E, finalmente, para o Tsiwari, uns óculos escuros muito especiais. Para usar até de noite!


O tempo que passa


Não se compadece com nada, não descansa, não se queda para olhar para trás. Nada o move e nada o demove. Renova-se a cada instante e não há notícia de que alguma vez tenha se tenha verdadeiramente repetido. Deixa marcas. Há quem as registe.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Ensinamentos da biologia nutricionista


As calorias são pequenos animais que vivem nos roupeiros e que durante a noite... apertam a roupa das pessoas.

(Autor desconhecido)

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Back to business


Assim de repente, só me ocorre dizer que a grande diferença entre a minha casa de Lisboa e a minha casa de Bruxelas são para aí uns dez graus.
Estou de volta e não me parece que vá sentir falta de andar a fechar portas atrás de portas (já não sei se para evitar que o calor fugisse ou que o frio entrasse), nem de ter de entrar na cozinha vestida à esquimó, nem de dormir debaixo de dois édredons, nem de pedir aos empregados de restaurantes para fecharem o raio da porta da rua, nem de andar a fechar janelas nas casas dos outros (se bem que em muitos casos as janelas abertas permitem que o ar quente da rua se misture com o ar gélido das casas). Mas parece que vou ter de arranjar outra coisa qualquer com que me entreter por cá... Talvez vá escrevendo uns posts, visto que já há por aí quem os reivindique.