sexta-feira, junho 30, 2006

Quem dá nomes aos blogs?


Em viagem de sobe e desce pela lista dos Apdeites, cheguei à conclusão de que, em 90% dos casos, consigo adivinhar o género dos autores dos blogs apenas pelos títulos dos mesmos.

Blogs denominados A Cantina do Olho, República dos Pêssegos, Berra-Boi ou Macacos sem galho só podiam ser blogs de homens. Outros, denominados Bordado de Murmúrios, Instantes, Mais Cidade Que Sexo ou Liberdade nas Asas teriam sempre de ter origem em mulheres.

E, depois, há sempre aqueles 10% relativamente aos quais me engano. Mas opto por não exibir exemplos, para não ferir susceptibilidades.

quinta-feira, junho 29, 2006

Publicidade à parte...

Mudei a televisão de sítio. Desarrumava-me a casa toda.
Carlota (03/07/2006)

terça-feira, junho 27, 2006

E antes que soem as 12 badaladas...



Parabéns Geração Rasca!

Paralisia


Ou como, há momentos atrás, fiquei sem conseguir pestanejar durante dois minutos.
Tenho este hábito horrível de manter a televisão ligada enquanto ando a cirandar pela casa ou mesmo quando estou sentada em frente do computador. Não estou a ver nada, mas de vez em quando vou mudar de canal...
Foi o que fiz há pouco. Só que, em vez de mudar de canal, quedei-me estupefacta a ver uma cena da Floribella. Fiquei impressionada com o penteado da actriz principal, com o sotaque que tem - que não percebi de onde vem - e com a falta de jeito para a função. Devo ter querido sofrer um bocadinho e vi uma cena até ao fim, sem pestanejar.
Momentos depois, certa de que nada perco por não ver esta novela e de que paguei com dois minutos da minha vida por eventuais más acções cometidas ou a cometer, voltei para a blogosfera.

Sobre a prole


Ter um filho requer um investimento pessoal de que se espera retirar gratificação emocional. Como isso não tem preço, não se "subsidiam" taxas de natalidade.

É com esta frase que José Manuel Fernandes inicia a sua coluna no Público de hoje. O texto parece ter sido escrito um pouco a correr, mas o tema é interessante e por isso recomendo a sua leitura.

sábado, junho 24, 2006

Mais uma Emília Carolina, mas very British


A notícia já é velha, mas eu só a conheci esta semana.

Carlota e o Mundial 2006 #6



Os fans de futebol em Bruxelas

Bruxelas está repleta de gente de muitas nacionalidades. O número obviamente excede as dos 25 Estados-membros da União Europeia, pelo que qualquer jogo da primeira fase do Mundial 2006 trouxe sempre alegria a um qualquer bruxelense.

O European Voice desta semana até fez um pequeno guia sociológico para os fans do futebol, explicando onde podemos encontrá-los a ver os jogos nos diversos cafés e pubs da cidade.

Os portugueses e os brasileiros encontram-se nos bares entre a Praça Flagey e a Av. de la Couronne. Os eurocratas espanhóis migram para os bares de tapas Amigos de Aragón (Praça des Gueux) e La Bodegilla (rua Archimèdes). Os italianos reúnem-se no Ralph's (Praça do Luxemburgo). Os alemães vão em bandos para o Maxburg (rua Stevin), onde também podem ser servidos de cerveja alemã. E por aí fora.

O mesmo artigo do European Voice fez ainda uma resenha dos cântigos utilizados por alguns dos supporters europeus. Fiquei assim a saber que os holandeses cantam "Hup, Holland, up" e têm tendência a antagonizar os alemães, cantando "Detschland, Deutschland, alles vorbei" (Alemanha, Alemanha, está tudo acabado), que os checos cantam "Quem-não-salta-não-é-checo", que os espanhóis têm fama de cantar "Que viva España", mas não há um que o confesse e, finalmente, surpresa das surpresas, que se espera que os portugueses encoragem a sua equipa cantando "Corre mais! Marca mais! Menos ais, menos ais, menos ais! Quero mais!".

Nunca pensei encontrar publicidade da Galp num jornal europeu...

Origem do interregno


Devido a um problema de fusíveis, não andei muito pela blogosfera nestes últimos dias.
Agora que o problema está resolvido, let the show go on.

quarta-feira, junho 21, 2006

Carlota e o Mundial #5


Miguel Esteves Cardoso
O Mundial trouxe-me de volta o MEC.
Eu já o tinha visto de volta num suplemento de um qualquer jornal aqui há uns tempos, mas uma leitura rápida de um texto menos feliz deve ter-me desiludido, pois não guardei do regresso grande recordação.
As minhas primeiras memórias do MEC remontam aos meus late-teens e early-twenties, quando lia as suas crónicas no Expresso (A Encomenda das Almas) e depois no jovem Independente. Eram uma verdadeira fonte de inspiração e de boa disposição.
O MEC inaugurou em Portugal um estilo fascinante. Escrevia sobre coisas sérias com humor e num tom que nunca ninguém ousara utilizar antes. E assim conquistou um vasto público. No Expresso, chegou a escrever-se, a propósito dele, que foi o modelo e guru de toda uma geração jovem, a primeira para a qual os valores da época do 25 de Abril já nada significam. Nada mais acertado, do meu ponto de vista, que nunca consegui andar a par da história recente de Portugal.
Outra das suas grandes contribuições foi feita através da redacção das entrevistas históricas do Humor de Perdição, um dos programas do Herman José. Eram textos absolutamente delirantes e brilhantemente interpretados. O sucesso e a polémica foram tais que, se bem se lembram, as entrevistas históricas foram retiradas do ar pela RTP antes da entrevista à Rainha Santa Isabel.
Após uns quantos livros, o MEC desapareceu do mapa. Ou então, fui eu que lhe perdi mesmo o rasto. Reapareceu, ou qualquer coisa do género, na Internet num site chamado Pastilhas, no qual pura e simplesmente nunca soube orientar-me. Depois mandou as filhas gémeas trabalhar, no Verão do ano passado, como relações-públicas de discotecas da moda e foi a última vez que ouvi falar dele.
Mas eis que, a propósito do Mundial 2006, o reencontro se dá. O MEC escreve n'O Jogo, sobre futebol. Não é o tema mais interessante do mundo, mas pode ser que seja a única maneira de eu achar graça ao futebol. Sobretudo hoje, que anda tudo por aí tão excitadinho com um jogo da treta.

terça-feira, junho 20, 2006

As imagens e nós em Bruxelas


A blogosfera proporciona-nos destas coisas.
Há pouco mais de uma semana, ele era apenas uma imagem num blog. Ou uma voz numa gravação de um debate sobre blogs...
Agora, já guardo dele imagens em movimento, que já posso associar ao timbre da voz que antes conheci.

O gang de Bruxelas teve o prazer de se reunir num lindo restaurante bruxelense (na foto) com o José Carlos Abrantes. Os blogs foram o ponto de partida de uma conversa que se transformou numa viagem por vários temas. E eu gostei de viajar de conversa em conversa, explorando novos horizontes e refrescando as ideias... e as imagens.

segunda-feira, junho 19, 2006

Um dia muito especial


Depois do jantar, vamos ter quatro velas a iluminar sorrisos de chocolate. Como este.

sexta-feira, junho 16, 2006

Não vá alguém estar distraído...


... e não ter reparado que a rainha do pop já deu início à sua tournée mundial, aqui fica um excelente mote para uma pipa de publicidade gratuita.
Haja paciência!

Quando a C. se explicava


A propósito do post da Sinapse sobre elevadores, lembrei-me de uma colega que tive há alguns anos, com quem trabalhava no 12° andar de um edifício.
A C., que era uma rapariga muito simpática, mas um bocadinho lerda das ideias, quando chegava de manhã e queria subir no elevador, deixava sempre os outros colegas loucos porque carregava nos dois botões de chamada do elevador: para subir e para descer.
Após alguns meses de cerimónia, alguém decidiu finalmente tentar arrancar-lhe a razão de tal comportamento, ao que a C. respondeu: - Ora essa! Então carrego nos dois botões porque não sei em que andar está o elevador!... Se ele estiver em baixo, sobe, se estiver em cima, desce!
Pois.
Continuo também a recordar-me da C. por causa de duas conversas que teve com um advogado sénior lá do departamento onde trabalhávamos.
A primeira:
- Ó C., então que bens imóveis é que podemos nomear à penhora ao executado?
- Bem, Dr. T., está aqui a cópia da Conservatória do Registo Predial. Ele tem uma casinha no campo.
O Dr. T. dá uma vista de olhos ao documento, e exclama:
- Uma casinha no campo?... Mas isto é um prédio rústico!
- Eu sei. Foi o que lhe disse! Toda a gente sabe que um prédio urbano é na cidade e um prédio rústico é uma casa no campo!...
A segunda:
- Dr. T., este processo vai acabar aqui. O executado morreu...
- Morreu?... Então vamos requerer a habilitação de herdeiros!
- Mas, ó Dr. T., ele morreu sem deixar mulher nem filhos! Não tem herdeiros!!!
A C. era recém-licenciada em Direito. Vá lá saber-se como!

quarta-feira, junho 14, 2006

Carlota e o Mundial 2006 #4


Pontos de vista

Disse o José Pacheco Pereira há momentos atrás, no programa "A Quadratura do Círculo", na SIC Notícias:

Subitamente, o país (Portugal), no lugar onde tem a cabeça, pôs uma bola.
Depois o Jorge Coelho tentou rispostar-lhe, no seu habitual tom de político pseudo-bacoco e demagogo, e eu tive de mudar de canal...

Imagine-se isto!


Sem querer com isto fazer qualquer tomada de posição acerca do assunto - porque não estou por dentro - não posso deixar de transcrever aqui parte de uma carta que um leitor do Público dirigiu ao director deste jornal. Porque é uma metáfora bem conseguida e eu acho graça a essas coisas, vá-se lá saber porquê!
Se os 24 ministros da Educação que tivemos desde Abril de 1974 tivessem poderes de tutela sobre os sinais de trânsito, o sinal de sentido proibido, que todos conhecemos, já teria outra forma e hoje talvez fosse, e com uma fundamentação muito razoável, um quadrado vermelho, enquanto o rectângulo branco, horizontal, talvez já estivesse na vertical. Como foi usual no Ministério da Educação, esta última "reforma da sinalética" seria a 24.ª proposta dos últimos 30 anos e todas defendidas a peito pelos seus titulares.
(No Público de hoje.)

segunda-feira, junho 12, 2006

O segredo do meu sucesso


Já não me lembrava de como é possível transformar um pequeno fim-de-semana de dois dias num grande fim-de-semana. Mas é tão simples, que até mete confusão…
Basta levantarmo-nos muito cedo e fazermos um monte de coisas diferentes, em sítios diferentes e, depois, deitarmo-nos muito tarde.
Rebenta com qualquer um, mas asseguro-vos que tenho a sensação de que o meu fim-de-semana teve quatro dias!

sábado, junho 10, 2006

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas



Só para assinalar que o dia é hoje, embora muitos possam pensar que é amanhã...

sexta-feira, junho 09, 2006

Viródisco XVII


Pareceu-me oportuno pôr a Dulce Pontes a cantar este tema aqui no Lote 5...

Sempre fui grande admiradora do talento e da voz da Dulce Pontes, mas tenho de confessar que não gosto da maioria dos temas que ela canta... Limito-me a ouvir três ou quatro, que me arrepiam até à espinha, de bem cantados que são.

quinta-feira, junho 08, 2006

Carlota e o Mundial #3


Todos a canja!

O chefe cozinheiro da selecção portuguesa, Hélio Loureiro, deu uma entrevista ao jornal belga La Dernière Heure na qual informou que, durante todo o Mundial, os jogadores portugueses terão canja de galinha no menu. Para matar as saudades do país, diz ele.

Parece que sob o aspecto nutricional a canja não é lá grande escolha, mas uma vez que se trata de um prato que aquece e reconforta, a escolha está feita.

Outra escolha importante tem a ver com as bebidas que acompanham os repastos. Ao contrário dos jogadores da maioria das selecções em competição, os nossos poderão beber vinho às refeições, excepto nos dias dos jogos. Sobre isso, disse o chefe-cozinheiro: "Quando consumido com moderação, o vinho é um alimento rico e são sob o ponto de vista nutricional. Não deve ser consumido para matar a sede, mas sim para satisfazer um desejo."

Vamos então esperar que a canja não dê origem a muitos frangos e que os nossos vice-campeões da Europa sejam parcos em desejos.

Brocante


Viver em Bruxelas há oito anos sem ter feito uma brocante era quase como ir a Roma e não dar um pulinho no Vaticano a espreitar o Papa.
Por isso, decidi que neste domingo, vou fazer a minha primeira brocante. Há sempre uma primeira vez para tudo.
Para tal, já comecei por juntar toda a tralha que tenho lá por casa a encher gavetas e armários: bibelots, teclados de computador, pratos, copos, sapatos nunca usados, bijuterias, molduras, brinquedos em bom estado e coisas assim no género, que já não uso e que podem ainda fazer jeito a alguém, por um preço de Feira da Ladra.
Já comprei um banquinho para me sentar a atender os clientes - foi um investimento que só me custou 2,99 euros - e já pus um chapéu a jeito, para não apanhar muito sol na cabeça, uma vez que as previsões meteorológicas são do melhor.
No domingo que vem, às sete e meia da matina, lá estarei a inaugurar a minha banca. Mais alguém quer participar?

terça-feira, junho 06, 2006

Carlota e o Mundial #2


Os mais lindos, segundo o "Die Welt"
Isto de ser jogador de futebol como antigamente, já era.
Nada de bigodes e caracóis ao vento, como era o caso do Chalana (na foto aqui ao lado, em 1984). Dantes, um jogador de futebol era um jogador de futebol e ponto final. Não se lhe exigia mais do que jeito para a bola...
Hoje em dia, a conversa é outra. Permanentemente sob escrutínio, um jogador, entre outras coisas, tem de se apresentar como um modelo fotográfico, arejar as massas que ganha em roupa de marca e exibi-la, participar em campanhas de solidariedade, preparar o futuro como empresário de sucesso, dar cabo de todos os sinais de labrego (veja-se o caso dos dentes do Cristiano Ronaldo, como a Carla Motah lembrava nos comentários do meu post de domingo) e, esforço supremo, manifestar raciocínios através da palavra.
Hoje em dia, para além de serem avaliados sobre o seu desempenho dentro das quatro linhas, os jogadores têm de se sujeitar a testes de beleza e não reclamar. O mais recente teste de beleza foi levado a cabo pelo jornal alemão Die Welt e os resultados são os que seguem.
O quinto mais bonito do Mundial 2006 é o francês Thierry Henry.

O quarto, o português Cristiano Ronaldo.

Em terceiro lugar, está o português Luis Figo.

Em segundo, o espanhol Raul.

E em primeiro lugar, o uruguaio Roque Santa Cruz.

E agora perguntam-me as vizinhas do Lote 5, quem é este Roque Santa Cruz de quem nunca ouvimos falar e por que raio é ele considerado o jogador mais bonito do Mundial?...
Pois... Também foi a primeira vez que ouvi falar do moçoilo e confesso que tive muitas dificuldades em arranjar uma fotografia dele mais ou menos decente, isto é, em que não tivesse completo ar de parvo. A resposta à segunda pergunta é mais simples: porque ele joga no Bayern de Munique e, dado que a sondagem foi feita na Alemanha...
Parece que também foi feita uma sondagem a propósito da beleza das mulheres dos jogadores, mas isso não tem interesse nenhum. O que mais há por aí é mulheres bonitas!
Fonte de informação: Record

Programa para hoje


Na Feira do Livro de Lisboa, hoje, às 18h30, será lançado o livro Ecrãs em Mudança. Este livro, coordenado por José Carlos Abrantes, reúne contribuições sobre as relações da televisão e da internet com os seus públicos, sobretudo os jovens.
Todos os pormenores, aqui.

E agora um momento de publicidade


O dinheiro, de facto, compra. E já não há necessidade de o dissimular...
É o que se conclui através deste extrato da coluna semanal de Eduardo Cintra Torres do Público de domingo passado, sobre duas séries televisivas.
Até onde pode ir o desplante da inserção publicitária nos programas de ficção? Depois da S. Joaneira do Crime do Padre Amaro se queixar da falta de dinheiro enquanto folheava um folheto da Cofidis só faltava que as referências comerciais integrassem os diálogos das personagens. Aconteceu agora. Eis este diálogo extraordinário da novela Floribella (SIC, 24.05):
"FLORIBELLA: Sabias que estão a organizar uma bandeira humana?
BATA: Uma quê?
FLORIBELLA: Uma bandeira nacional feita por pessoas! Não achas o máximo?
BATA: Ya... parece fixe... Quem é que teve a ideia?
FLOR: Quem achas que foi? Um dos maiores apoiantes da Selecção Nacional! O Banco Espírito Santo!"

domingo, junho 04, 2006

Carlota e o Mundial 2006 #1


Inauguração da época
Já que não vai falar-se de outra coisa nos próximos tempos, inauguro aqui uma série de posts alusivos ao Mundial da Alemanha, nos quais espero falar de tudo menos de futebol, pois deixo isso para os entendidos no assunto.
Começo pelo último jogo de preparação da selecção que decorreu ontem no Luxemburgo e que, obviamente, não vi.
Mas não posso deixar de dar os parabéns aos responsáveis pelos equipamentos da selecção, pois os jogadores ficam muito elegantes naquelas camisolas pretas. O decote é muito fashion e o corte das mangas está impecável. Nota 10.
A fotografia foi surripiada ao Record on-line, do qual passarei a ser assídua leitora. Ou sort of.

sábado, junho 03, 2006

As partículas da matéria

Na sequência de um post de anteontem, e inspirada por um comentário do Patchouly, decidi aprofundar o tema "ainda bem que não tenho em casa uma miúda de quatro anos a quem explicar as vantagens de crescer e de ser mãe".
Para que o trabalho fique bem feito, vou explicar em detalhe algumas vantagens materiais, até às partículas. As vantagens não materiais ficam de fora, pois se as incluísse corria o risco de tornar isto numa grande lamechice, que eu nestas coisas sou muito do género emocional.

Vantagem número um: guiar um carro


É maravilhoso! Mão esquerda ora no volante, ora na manette das mudanças. Mão direita a passar garrafas de água, lenços de papel, biscoitos ou livros para o Migas no banco de trás. Isto quando a mão direita não viaja tout court no banco de trás, porque temos de ir de mão dada, favorecendo assim a distensão de todos os músculos que vão desde o pescoço até à ponta dos dedos.
Olho esquerdo na estrada e olho direito no espelho retrovisor interior, o que é sempre mais fácil de fazer quando se é estrábico, mas não é impossível quando se o não é. Pormenor sem importância: o retrovisor em questão não mostra os carros que vêm atrás, mas sim o espécime que vai na cadeira de criança. Resultado do meu estrabismo imperfeito: atropelamento de um polícia numa passadeira (esta do atropelamento é uma estreia mundial, que nem nunca contei ao Chefe – agora é que vou tirar a prova dos nove e ver se ele lê ou não o blog…)
Chegada à primeira porta da garagem de casa – que se abre automaticamente – o rádio já nem se ouve por causa dos insistentes Quero sair! Tiras-me o cinto? Paragem para abrir a segunda porta da garagem. Entrada no carro seguida de insistentes puxões de cabelos: é a velha história do Ó mãe, tu depois vens buscar-me a ralhar e eu sou um coelhinho com medo, está bem? (Nem sei se vale a pena explicar. São rituais como tantos outros, de que posso dar o exemplo da história que tive de aturar durante meses a fio todos os dias depois do banho, que ele era um gato numa caixa (a toalha de banho), que eu devia abrir e dizer Oh, um gatinho pequenino!... Era mesmo isto que eu queria!)

Vantagem número dois: ter um computador

Genial! Agora que temos um portátil posso criar um blog e ter o computador sempre aqui a jeito, mesmo enquanto faço o jantar, para ler o jornal e coisas assim giras!...
– o meu pensamento não pára. Bem… na realidade, pára…

- Ó mãe, podes vir sentar-te ao meu lado?
- Mas, Migas, tu estás a ver as Super Nanás (Powerpuff Girls ) e sabes que eu não gosto disso, o que é que eu vou para aí fazer?
- Ó mãe, só um cadinho… Sachavor!...


- Olha, é o blog da mamã!
- Sim, é o blog da mamã…
- Ó mãe, posso escrever no comptadore?...
- Agora não, Migas, deixa a mãe escrever aqui uma coisa!...
- Ó mãe, só um cadinho… Sachavor!...


- Olha, é o blog da mamã!
- Sim, é o blog da mamã…
- Ó mãe, posso ver os CBeeBees?
- Agora não, Migas. Porque é que não vais brincar com os teus brinquedos?... Mais tarde vemos os CBeeBees.
- Ó mãe, só um cadinho… Sachavor!...


Vantagem número três: ler livros com histórias bonitas


Se me dão licença, posso lançar uma gargalhadinha irritante?...
Nos últimos quatro anos, devo ter lido cerca de cinco livros… e, para conseguir acabá-los, tive de passar várias horas na esteticista, cujo gabinete considero o meu local de leitura favorito (por ser o único que me permite, de facto, LER).

Vantagem número quatro: jogar jogos de vídeo


Pois. Ainda ontem, quando descobri que afinal tínhamos lá em casa um dos meus jogos favoritos de sempre, foi este o ruído de fundo, cada vez que perdia ou mudava de nível: Podemos jogar outro? Podemos jogar outro? Podemos jogar outro?...
Vantagem número cinco: a verdadeira vantagem
Podemos mandar os miúdos para a cama e, depois então, dar uma volta de carro, escrever no blog, ler um bocado ou jogar um joguito em paz e siêncio.
Need I say more?

sexta-feira, junho 02, 2006

Bem feito!


Quase incrédula, leio no DN de hoje que, por causa de uma visita de José Mourinho ao serviço de pediatria de um hospital de Setúbal ontem, uma criança de 14 anos que lá esteve internada e que podia ter tido alta na quinta-feira (da semana passada?), ficou no hospital só por causa da possibilidade de conhecer o treinador do Chelsea.
Contudo, parece que a dita criança acabou por achar o José Mourinho "um bocado antipático"...
Eu diria que não só acho muito bem feito o dito miúdo ter apanhado uma decepção com o o seu ídolo, como também tenho pena que em seguida não lhe tivessem dado uma injecção de bom senso numa seringa bem grande, a ele e a todos os adultos que possibilitaram o adiamento da alta médica por um motivo como este!

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A ver se vos arranco um sorriso antes do começo do fim-de-semana, mesmo com erros de português...

quinta-feira, junho 01, 2006

Migalhas de chocolate #4


Porque hoje é o Dia da Criança, aqui fica um post dedicado ao meu Migas, que é para ele ler quando for grande e for pai.
Há uns tempos atrás, sem eu perceber porquê, o Migas diz-me, com um ar tristonho: - Mamã... Eu tenho medo de crescer e de ser pai...
Tivémos de lhe explicar as coisas boas de ser pai: guiar o automóvel, ter um computador só para si e o tempo que se quer, jogar jogos na X-Box, ler livros só com letras mas com histórias lindas...
Hoje dou-me por satisfeita por ele não ser uma rapariguinha com medo de crescer e de ser mãe. É que seria bem mais difícil convencê-lo acerca das coisas boas da função, dada a sua imaterialidade...

Sinal de excesso de trabalho é...

... ter 312 e-mails de amigos por abrir no Inbox.

É o meu caso.

E agora, ficam vocês a pensar... Das duas uma: ou ela tem muitos amigos ou, tendo poucos, há uns que não têm nada que fazer...
(...)

Pois.