quarta-feira, maio 31, 2006

Viródisco XVI

Finalmente! E já não era sem tempo...

Voltei a ter acesso aos meus ficheiros no FileLodge e já posso virar o disco.

Aqui fica um dos mais bonitos temas dos fabulosos R.E.M., na sua versão original, que é a minha preferida.

Timor


Gosto quase sempre de ler o que escreve o António Barreto, no seu artigo semanal do Público, aos domingos. Gosto da sua frontalidade, gosto da clareza da redacção, da lógica entrelaçada dos parágrafos e gosto, sobretudo, dos últimos parágrafos de cada artigo, que concluem em brilharete.
Por estas razões, aqui deixo o último parágrafo do seu mais recente artigo publicado no Público de domingo 28, desta vez sobre o desaire de Timor.
E deixo também uma perguntinha: por que carga d'água vai um contingente da GNR para Dili? Alguém tem conhecimento de alguém que se tenha insurgido contra a douta decisão do PM? É que eu tenho andado longe destas andanças e preciso de actualizar-me...
"Timor não é pior do que tantos outros casos conhecidos, da Europa a África, da Ásia a América Latina. É só mais patético. Porque eles são pobres, muito pobres. Porque derramaram sangue em condições extremas. Porque motivaram a simpatia quase universal. E porque tinham tudo para vencer. Infelizmente, também tinham petróleo e uma clique dirigente ambiciosa e irresponsável. Como também tiveram um bando de especialistas internacionais, muito bem pagos, recheados de boas intenções ou de manuais de gestão democrática e ocupados em criar uma administração moderna. Se fossemos capazes de aprender, deste episódio retirar-se-iam lições valiosas. A conveniência em examinar as condições de exportação da democracia. A necessidade de suspender grande parte da ajuda externa a países cujos dirigentes desviam a seu proveito a generosidade de outros. A urgência em rever as políticas de intervenção internacional em países que a reclamam com massacres e fome. A exigência de pôr um termo à cooperação externa com as novas "cleptocracias" de desenvolvimento democrático. Mas há quem diga que, nestas coisas, nunca se aprende nada. Também me parece."

terça-feira, maio 30, 2006

Prendas I

Perguntava a Rafaela, em comentário ao post anterior, se eu não tinha trazido prendas das férias...
Pois então aqui fica uma, para fazer concorrência aos peritos do Não sei pra mais.
E dêem-se por felizes por ainda não haver fotografias com som, senão a paz que esta nos transmite seria logo estrangulada pela voz do Migas com os seus incessantes Ó Mãe!... Ó Mãeee!... Ó Mãeeee!

segunda-feira, maio 29, 2006

Analogias do regresso


Isto de voltar a Bruxelas, encontrar os mesmos 15 graus que deixei há uma semana e levar logo com umas frescas pingas de chuva em cima, é como ter deixado um CD na aparelhagem em pausa e carregar no play: a mesma música continua a tocar, como se nada tivesse acontecido entretanto.
O que por acaso também ocorre quando chego a Portugal no Natal e sintonizo a RFM: está a sempre a passar a música que tocava insistentemente no Verão anterior, na Páscoa que o precedeu, no Natal do ano transacto, e assim por diante... mas às arrecuas.

segunda-feira, maio 22, 2006

Out of Blog Reply


As torneiras e as luzes estão fechadas e as janelas também.
Deixei aquele dispositivo de rega automática nas plantas interiores e, atendendo às previsões meteorológicas, não preciso preocupar-me com a rega das flores do jardim.
Na mala levo roupa fresquinha, que para onde vou estão mais 20 (sim, vinte!) graus do que em Bruxelas.
Volto para a semana, muito menos bem-disposta do que estou agora.
Fiquem bem.

domingo, maio 21, 2006

Sobre 4 rodas V - So what?


Estou a ver alguns sorrisinhos trocistas por aí...
Sim, gosto de carros.
Sim, vejo o Top Gear do Jeremy Clarkson.
Sim, sou eu quem leva o carro à revisão e à inspecção.
Alguém quer reclamar, por não gostar de surpresas?

Sobre 4 rodas IV - Back to reality

Porque, na realidade, apenas me custa 100 euros de manutenção por ano (e isto é a pura das verdades), porque, na realidade, foi o único que subiu os Pirinéus sem correntes sob nevão, porque, na realidade, nunca me deixou ficar mal em nenhuma situação, porque, na realidade, os carros japoneses são do mais fiável que há e porque, na realidade, eu gosto muito dele.

Sobre 4 rodas III - Os favoritos do Chefe




Que é um homem com um extremo bom gosto, 'tá-se mesmo a ver!

Sobre 4 rodas II - Ganda máquina!



Cabelos ao vento, insolação certeira (se em Portugal) ou 90% de hipóteses de molha (se na Bélgica), o Migas ao lado e no rádio, a música que eu queria pôr aqui no blog, não fossem aqueles incompetentes do FileLodge não me deixarem mudar a música desde a semana passada.

Sobre 4 rodas I - Acho este engraçaducho



Mas não o compraria, porque é carro de mulher.

sexta-feira, maio 19, 2006

The wrong Guy


Este senhor na fotografia chama-se Guy Goma.
Antes de ficar famoso, na semana passada, era um ilustre desconhecido que, numa das recepções da BBC, esperava que o chamassem para ser entrevistado para um posto de engenheiro informático. Foi nesse momento que um dos produtores da BBC se dirigiu à recepção onde ele se encontrava, com o objectivo de fazer entrar Guy Kewney, o editor da Newswireless.net, que tinha sido convidado para uma entrevista, em directo, sobre o processo judicial Apple vs Apple.
O recepcionista indicou-lhe Guy Goma, que se encontrava sentado à espera, e foi este que foi conduzido ao estúdio. O que aconteceu depois, podem ver aqui.



Uma questão de medidas


Li no Público de ontem que decorreu em Lisboa a XXVIII Conferência de Ministros Europeus para os Assuntos da Família, organizada pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e pelo Conselho da Europa.
Desta conferência resultou uma declaração de princípios e orientações, na qual, entre outras, consta a ideia de que é preciso encorajar os homens a partilhar mais com as mulheres os cuidados à família e aos filhos. Mas porque encorajar, só, não é suficiente, ficou também aprovado que é necessária a tomada de medidas que facilitem essa partilha.

Eu, assim-como-assim, já que estão com a mão na massa, aproveitava para sugerir, se ainda for a tempo, que os ministros acordassem também sobre a tomada de medidas que facilitem a partilha da colocação e retirada da louça da máquina, da colocação e retirada da roupa da máquina-da-roupa e subsequente pendura no estendal, das vezes que se dobra as costas para arrumar os sapatos deixados fora do sítio, da decisão sobre o que vai ser o jantar em cada dia da semana (e também dos almoços aos fins-de-semana e feriados!) e, com, que com jeitinho também conseguem, das horas veladas a ouvir ressonos.
É que se é só uma questão de medidas, não percebo de que é que estão à espera para as tomar...

quinta-feira, maio 18, 2006

Statement


Não frequento blogs que não me deixam comentá-los in loco.
E não os linko aqui neste post, que é para depois não virem cá dizer que estou a pôr-me nos bicos dos pés para chamar a atenção, como já tive oportunidade de ver uma conhecida blogger fazer.
Só me apeteceu dizer isto e pronto. Agora vou à minha vida!

quarta-feira, maio 17, 2006

Memórias e curiosidade

A propósito do Festival da Eurovisão que se avizinha...
Lembram-se da única vez que a Bélgica ganhou este evento com a canção J'aime la vie, interpretada pela Sandra Kim, que na altura tinha apenas 13 anos de idade?
Pois foi há 20 anos atrás. E em jeito de celebração dos 20 anos da vitória, a cantora, que continua em actividade na Bélgica e que se tornou num incontestável fetiche da cultura popular belga, deu uma entrevista a uma revista, na qual confessou já estar bastante farta de ser sempre associada ao eurofestival. A sua única esperança de que o facto caia no esquecimento é uma futura vitória da Bélgica.
A ver vamos... quero dizer, eu não vou perder o meu tempo a ver o espectáculo televisivo, mas há quem aprecie!..

terça-feira, maio 16, 2006

Uma escovadela ao ego

Your Blogging Type is Confident and Insightful


You've got a ton of brain power, and you leverage it into brilliant blog.
Both creative and logical, you come up with amazing ideas and insights.
A total perfectionist, you find yourself revising and rewriting posts a lot of the time.
You blog for yourself - and you don't care how popular (or unpopular) your blog is!
Eis o que acontece quando seguimos a sugestão de uma vizinha e passamos uns minutos a divertirmo-nos, em vez de estar a trabalhar.
E vós, vizinhos, que tipo de bloggers são? Na senda da Sinapse, peço-vos que não se acanhem e me contem tudo na caixa dos comentários.

segunda-feira, maio 15, 2006

Descubra as diferenças


Entre isto e isto.
Ele foi incoveniente e ela foi vulgar?
Ele é inteligente e ela esporadicamente até pode parecê-lo, não tendo este sido o caso?
A actuação dele foi absolutamente inédita e as palavras delas foram mais um grito desesperado de uma estrela pop em busca de (ainda mais) publicidade gratuita?

Anedota


As vésperas de férias dão nisto. Passamos os dias a pensar no sítio onde estaremos em breve, de papo para o ar, sem fazer nada a não ser deslocarmo-nos de refeição em refeição, de cadeira de praia em cadeira de piscina e, no fim, constatamos que nos esquecemos de pensar sobre o post do dia no blog (ups!).
Mas desta vez vou safar-me com uma piadola, recebida por e-mail, à semelhança do que faz um vizinho muito simpático, por acaso também à segunda feira. Cá vai disto!
Donald Rumsfeld briefed the President this morning. He told Bush that 3 Brazilian soldiers were killed in Iraq.
To everyone's amazement, all of the color ran from Bush's face. Then he collapsed onto his desk, head in hands, visibly shaken, almost whimpering.
Finally, he composed himself and asked Rumsfeld, "Just exactly how many is a brazillion?"

domingo, maio 14, 2006

Coisas de que não preciso... mas que gostava mesmo de ter #2


Esta moldura, que armazena e mostra até 100 fotografias digitais. E não são necessários quaisquer cabos para o efeito, pois é compatível com todos os telefones e computadores com bluetooth.

É ideal para quem gosta de variar e não gosta de andar a mudar as fotografias das molduras.

O preço, esse, já não tem nada de ideal: 220 euros...

sábado, maio 13, 2006

Liberdade de expressão


A intervenção de Stephen Colbert no jantar anual da Associação dos Correspondentes da Casa Branca, no passado dia 30 de Abril, fez furor nos EUA .
Ignorada pelos media norte-americanos, a actuação de Colbert foi dada a conhecer ao mundo pela Internet, essencialmente através de blogs.
Nas palavras de Don Azen, editor executivo da AlterNet, "Colbert's speech had a huge impact for two reasons: First, he spoke truth to power right to the face of the president, in front of the entire news media. No one could miss, sidestep or deny it. It wasn't a scene from a movie, book or talk show -- it was live. (...) It gave me goose bumps. Colbert's performance shamed every Democrat or columnist who has been too afraid, too timid, or just too worried about losing his or her own power and access to go out on a limb and tell the truth that this administration is a disaster beyond our wildest nightmares. Bush/Cheney/Rumsfeld/Rove have gotten away with murder … and worse. And many of the people in that room that night who squirmed in their seats -- it was in part because of the internal indictment they were feeling for not doing what they should have done, countless times, long before. Maybe now they will do the right thing, but I won't be holding my breath." (texto integral do artigo de Don Azen, aqui).
Quanto ao video da actuação de Stephen Colbert, podem encontrá-lo aqui (cerca de 24 minutos).

sexta-feira, maio 12, 2006

Belgas, belgas! Deliciosas!


A caminho da Grand-Place, como a própria fotografia indica, está um pequeníssimo balcão aberto para a rua. Não fosse o intenso cheiro a gauffre, até passava despercebido. Pertence à The Waffle Factory e dá acesso às deliciosas gauffres belgas, simples ou com acessórios (chantilly, chocolate quente, compotas e todos aqueles catalisadores de saliva recomendados pelos nutricionistas da alma).

Fica na rue de l'Étuve ou na Stoof Straat, que isto em Bruxelas é tudo obrigatoriamente bilingue.

A fotógrafa fui eu, que tenho muito jeitinho para a coisa, como se pode comprovar pelo facto de ter tirado a fotografia com a máquina de pernas para o ar.

quarta-feira, maio 10, 2006

Eu, tu, ele, nós, vós, eles...


Foram chegando, devagarinho, a conta-gotas. Uns rondaram o Lote 5 durante dias a fio. Espreitaram quando a porta estava entreaberta, encostaram o ouvido do lado de fora da parede e assobiaram para o ar à passagem do carteiro. Outros foram entrando sem cerimónias, com mais ou menos barulho, usaram as toalhas de linho para limpar as mãos lavadas antes de se servirem dos biscoitos de manteiga e de tomarem um café ou um chá, refastelaram-se nos grandes sofás da sala e percorreram as estantes dos livros, dos cds e dos dvds com os olhos e com os dedos, a ver se encontravam gostos em comum.
Moramos todos no mesmo prédio. E estamos sempre cá, mesmo que estejamos longe. Visitamo-nos vezes sem conta porque sabemos que nunca nos incomodamos uns aos outros. Trocamos impressões conforme a disponibilidade de cada um e raciocinamos à velocidade de cada qual (e ninguém se incomoda se outrem levar horas a transmitir um pensamento).
A blogosfera é assim. Permite-nos conhecer pessoas com as quais nunca nos cruzaríamos na nossa vida do dia-a-dia, criar afinidades com estranhos aos quais provavelmente nunca sorriríamos, soltar gargalhadas em conjunto sem trocar olhares e comovermo-nos sem o pudor de deixar escapar uma lágrima.

terça-feira, maio 09, 2006

Conhecer a Europa através dos cafés

O Martinho da Arcada em Lisboa e o Falstaff em Bruxelas (em baixo).


Pausa



Hoje é dia feriado no Lote 5. Porque é o Dia da Europa.
Assim sendo, vou ali a França para ver se está sol, que já estou farta desta nuvem que insiste cobrir Bruxelas. Volto mais logo.
Tenham um excelente dia, ainda que de trabalho, e não protestem muito. Ainda há umas semanas, enquanto em Portugal se gozava o feriado do 25 de Abril, eu estava a trabalhar...

(Isto aqui em cima é o símbolo da pausa. Nada de confusões.)

Corrente de solidariedade

Há correntes assim, como esta que a Folha de Chá me lançou, para dar destaque a uma instituição de solidariedade social.


Esolhi esta.

A AMI tem como objectivo lutar contra a pobreza, a exclusão social, o subdesenvolvimento, a fome e as sequelas da guerra, em qualquer parte do Mundo.

A AMI precisa de voluntários, tanto ao nível nacional como ao nível internacional. Para obterem informações sobre o voluntariado, queiram clicar aqui.

Ficam convidados a escolher e destacar outra organização de solidariedade social: a Nocas, a Sabine, o 'Tá Difícil e o JPF.

segunda-feira, maio 08, 2006

Ó Evaristo, tens cá disto?!...

Prólogo
Numa loja de telemóveis, do género The Phone House, uma menina com imensos folhetos de determinado operador de telemóveis tenta convencer um potencial cliente a mudar de rede móvel, face aos excelentes preços praticados por aquele operador. Debita sem respirar todas as vantagens que decorou e, chegando ao fim, pára para retomar o fôlego.
O cliente medita um pouco, vira e revira o folheto que tem na mão e, finalmente, pergunta:
- Muito bem. E esta assinatura tem roaming? Onde é que posso encontrar a lista dos países aderentes e as tarifas?
A menina olha para o cliente com os olhitos esbugalhados e, depois de engolir em seco, lá consegue balbuciar:
- O que é o roaming?...


Fazem-me falta aquelas lojas à moda antiga em que senhores simpáticos e bem-educados nos atendiam por detrás de um balcão de madeira, sempre de sorriso em riste, genuinamente disponíveis para nos prestar o melhor serviço.
Tenho saudades dos dias em que ia com a minha tia à rua das lojas para comprar tecidos e linhas para ela me fazer vestidos e em que passávamos sempre pela Loja do Zé e pelo Leitão ou pelo Patrício. E tenho pena de não ter aqui mais a jeito aquelas magníficas drogarias onde conseguia encontrar praticamente tudo, desde palmilhas para os sapatos até tinta-da-China, rolhas em cortiças para frascos, esticadores, alguidares de todos os tamanhos e cores e escadotes. Ainda hoje, quando passo por uma dessas drogarias que ainda se mantêm abertas, sou capaz de me perder a olhar para a montra e de chegar a entrar só para admirar toda a babilónia de produtos à venda.
Foi com pena que vi encerrarem todas as lojas mais emblemáticas do comércio tradicional da cidade onde vivi mais de vinte anos. E no lugar delas ver abrir… sobretudo agências de bancos e lojas de telemóveis. Deixei de ter gosto em passar com prazer pela rua das lojas e a verdade é que já não lá vou há anos.
O comércio de hoje em dia perdeu a magia, o carácter e a qualidade de antigamente. Já ninguém quer fazer carreira em tipos de parafusos, tecidos de guarda-roupa ou em maçanetas de portas. Os empregos nas lojas são sempre passageiros e, mesmo assim, é raro haver alguém que queira ter brio naquilo que faz ou que faça um esforço para prestar um bom serviço. Mais raro, ainda, é ir encontrando alguém que perceba alguma coisa sobre o produto que está a vender. E o mal é generalizado, não se confinando às terras lusas.

sábado, maio 06, 2006

Antónimos

Ontem adormeci assim.

sexta-feira, maio 05, 2006

Porque é sexta-feira

Porque estou cansada e não me apetece escrever grandes textos. Porque não tenho vontade de trabalhar, nem vergonha de o dizer. Porque andava por aí a navegar. E porque encontrei um desenho de uma miúda super-fofa.
Quando for pequena, quero ser assim. Adorável!

Finalmente, lembrei-me!


Havia de chegar o dia em que me lembrasse de fazer a pergunta, estando perto de um computador. É que estou desde Outubro ou Novembro para o fazer.
Diga-me lá, quem souber: afinal, quem é que matou o António?

quinta-feira, maio 04, 2006

Aviso aos condutores


Amanhã, em Portugal, é o Dia Nacional da Cortesia ao Volante.
Conduza cortesmente e não buzine ao da frente.
Os 15 Mandamentos da Cortesia ao Volante poderão ser encontrados aqui.

N.A. - A segunda frase não é para levar à letra. Por isso não buzinem também aos de trás e ao resto dos condutores em geral. A não ser, obviamente, que seja mesmo necessário fazê-lo...

quarta-feira, maio 03, 2006

Um pouco mais do mesmo


Toda a gente sabe que um dos temas de conversa mais recorrente entre mulheres é o das suas empregadas domésticas. Sobre o que fazem bem e mal, sobre quanto ganham, sobre os estragos que já causaram e por aí fora. Eu própria já aqui abordei o assunto "empregada doméstica" umas quantas vezes, tendo a última ocorrido na semana passada. As referências anteriores são um pouco mais antigas, uma a propósito da habilidade que a minha empregada tem para lidar com o alarme da minha casa e a outra acerca de um dos muitos recados escritos quase indecifráveis que ela me deixa.
Ainda sobre o mesmo assunto, descobri hoje, quando tentava dar uma vista de olhos aos jornais dos últimos dias, que a Maria Filomena Mónica também divulgou alguns pormenores acerca das suas empregadas domésticas, no texto em que escreveu na última Pública.
Tenho de confessar que durante os últimos anos - por um motivo palerma que me envergonha divulgar - tive uma séria aversão à Maria Filomena Mónica e aos textos que escrevia, ao ponto de deixar de os ler.
Quis porém o destino despertar-me uma certa curiosidade em relação ao último livro por ela publicado (Bilhete de identidade), sobretudo por causa da polémica que o mesmo causou.
Lido o livro de quase uma assentada - devido à leveza da escrita e aos saltos feitos nas partes menos interessantes -, o balanço até foi positivo. O livro tem o seu interesse, sobretudo como "documento de época". Mas fiquei com a sensação de que qualquer pessoa que saiba escrever poderia, com jeitinho, fazer o mesmo.
Na mesma senda do livro, a Maria Filomena Mónica descreve sucintamente, no artigo publicado na última Pública, a história que teve com as suas duas empregadas domésticas, Celeste e Teresa, por esta ordem. Salpicado o artigo com um ou dois factos históricos, para dar ambiente, e uma referência ao “laço monetário” de Karl Marx, piscando o olho à sua cultura geral, a autora vai largando balelas à esquerda e à direita, tal como o fazem muitos dos blogs que por aí se encontram, este incluído. Mas consegue superar-se a si própria quando diz, e passo a citar “As relações entre uma patroa, especialmente se de esquerda, e uma empregada doméstica são complexas. Algures entre a Celeste e a Teresa comecei a ter dúvidas sobre a justiça de um arranjo que, se me permitia levar uma vida "emancipada", mantinha outra mulher enclausurada num trabalho deplorável.
E eu pergunto, face a isto, se alguém está disposto a pagar-me para escrever as minhas bacoquices num jornal ou se devo continuar a fazê-lo somente por aqui…

terça-feira, maio 02, 2006

Círculo vicioso

Às vezes ponho-me a pensar no que seria estar num círculo vicioso.

Horas extraordinárias

Foram várias horas passadas em frente da televisão, a ver (mais a ouvir do que a ver!) os dvds da série Lost e a trabalhar numa produção em série, que me vai proporcionar um valente desconto na aquisição do tão desejado Qtek 200.
Eis uma amostra do resultado!


São capas para livros - grandes e pequenas - em ganga forrada de tecidos coloridos.

As fotografias é que não ficaram grande coisa. Para a próxima vez, tenho de chamar a Sinapse para que saiam algo de jeito!

Post sem graça

Aqui está ele, Espumante, o post sem gracinha nenhuma que pediste nos comentários do post que antecede este.
Voltarei já a seguir, logo que puder, com a justificação da minha ausência.