Gostos

Eu também detesto comícios.

Como é que poderia gostar de ouvir alguém a berrar p'ra mim de dedo em riste para me convencer a conceder-lhe um voto?

Jogar ao monopólio

Tanto blogue (colectivo) novo e sempre as mesmas estrelas.

Aparte

Tenho pena de não conseguir lembrar-me, relativamente a todos cada um dos comentadores deste blogue, da primeira vez que o vi, que respondi a um comentário ou que linkei o respectivo blogue na barra aqui do lado. Felizmente, lá me vou lembrando desses factos relativamente a alguns. Gosto de coleccionar esse tipo de recordações.

Ler e dar a ler (3)

Sem desculpas por Leonor Barros

Ser-se professor nos dias de hoje implica uma afirmação peremptória e taxativa dos direitos e deveres de ambas as partes, também em sala de aula, uma exigência ininterrupta de respeito e um desafio permanente mediante atitudes inesperadas, imprevisíveis e inusitadas. Qualquer professor que tenha deixado o ensino há poucos anos ficaria alarmado com o cenário de mudança com o qual se depararia, caso voltasse à escola, e não pelas calças que os rapazes alegremente usam literalmente abaixo das nádegas. O Jorge, por exemplo, hoje tinha boxeurs coleantes bordeaux. Se no início quase sucumbia quando me perguntavam o mais elementar vocabulário – coloquial, agrura ou reciprocidade são conceitos desconhecidos -, nos dias que correm e passados quatro anos de ter desgraçadamente regressado ao Secundário, respondo com naturalidade, sem esbugalhar os olhos, sem encostar-me ao quadro antes que desfaleça e me estatele contra o chão e sem a aceleração involuntária do ritmo cardíaco. É normal, há que responder e prosseguir a trote para as declinações, conjunções e outras ralações. Contudo, se me fui gradualmente habituando a uma ignorância pujante, recuso-me a aceitar a desculpabilização e a exigência crescente de que os outros devem resolver os problemas e questiúnculas da vida de cada um. Quando um destes dias, perante as perguntas insistentes em pleno teste afirmei que a aluna perguntadeira não tinha estudado rigorosamente nada, ela retorquiu exigente Ó Stora, tive festas de anos em casa, esta noite só dormi três horas… ou quando saca do espelho para conferir a beleza de que se julga detentora e lhe arremesso com algum comentário, fazendo-a lembrar de que a aula não é um salão de beleza, a resposta é sempre lesta Ai Setora, que é que quer, sou muito vaidosa. Isto é de família… Havia de ver a minha mãe… duas ou três vezes pior ou quando faço reparos por causa dos telemóveis, põem a expressão ofendida, olhos bem abertos e a voz levemente esganiçada Ó Stora, tou só a ver as horas. Francamente, Stora. E portanto assim é, nos dias que correm há que compreender, aceitar e quiçá pedir desculpa caso se importunem os adolescentes. No futuro ainda teremos de pedir desculpa pelas aulas. Imagino-me a pedir-lhes desculpa pelas declinações, pelas preposições ora de dativo ora de acusativo, raio de gente que inventou tal coisa, pela inversão do sujeito ou pelo Present Perfect, provavelmente pedir desculpa por existir. Quando esse dia chegar, chega!

No blogue A Curva da Estrada.

Oui, chéri, c'est vendredi

Fleetwood Mac - Sara

Cinco coisas que adoro

O selo que acabei de colar mesmo aqui ao lado foi gentilmente atribuído ao Lote 5 pela GJ. Traz a reboque as seguintes tarefas:

1 – Colocá-lo no meu blogue.

2 – Indicar 10 blogues no feminino que eu adore.
3 – Informar os blogue indicados que receberam o selo.

4 – Dizer 5 coisas que adore na minha vida e porquê.

Começando pelo fim...

Adoro... o cheiro de roupa lavada, especialmente os lençóis onde me deito... ficar a olhar para o Migas quando ele está distraído ou entretido, nem que seja a olhar pela janela do carro... o cheiro das manhãs quentes em Portugal... o Natal em família... regressar a casa.

Gosto muito dos blogues (e) das meninas que se seguem e adorava que dessem seguimento a este desafio: Pitucha, Sinapse, Leonor, Mad, Luna, Deep, Rafaela, Miss Spring, CJ e Laura. Mas, tenham paciência, não tenho tempo para ir de blogue em blogue a avisá-las...

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Gui

É difícil escolher tiras na Mafalda. São todas demasiado boas. Mas esta faz parte do grande conjunto das minhas preferidas. Lembro-me quase sempre dela quando o Migas faz o mesmo.

Cenas inesquecíveis (1)

Kevin Kline no filme In & Out (1997)

O photoshop, a melga e a trovoada

Os acima indicados são os principais responsáveis por uma curtíssima noite de sono.

O primeiro é o novo brinquedo que arranjei, mas com o qual ainda não fiz nada de jeito. A segunda, foi o estúpido bicho que entrou cá em casa porque ontem estava um calor insuportável e ter janelas abertas até tarde (ainda) sem redes é o que dá. A terceira, foi um temporal espantoso que se abateu durante a madrugada sobre a Bélgica.

Ainda mal refeita da fuga à melga, comecei a ouvir um estrondo contínuo a aproximar-se. Assim como se alguém estivesse a sacudir telhados de folha de metal. Aos poucos, o barulho intensificou-se e a chuva começou a cair. Quando a trovoada estava por cima de Bruxelas, o vento, a chuva, os trovões e os contínuos clarões de relâmpagos eram um espectáculo bastante impressionante. Um autêntico cenário apocalíptico.

É verdade que por aqui, invariavelmente, o calor resulta em grande trovoada, mas a que ocorreu ontem foi excepcional. Segundo os especialistas, tratou-se de uma trovoada super-celular, uma forma de tempestade violenta, na qual se registaram cerca de 30 000 descargas eléctricas e entre 10 000 a 15 000 trovões.

Uma série de séries

Aceitando o repto da Cristina e do Espumante, aqui deixo o meu top das séries que acompanhei com entusiasmo ao longo da curta vida que levo. Não são quinze, são dezasseis, mas podia acrescentar mais umas quantas.

Twin Peaks (de que gostei muito até aquilo descambar), Weeds (por sugestão do Tsiwari, que em boa hora acatei), Moonlighting (há long time ago), Hill Street Blues (também no tempo em que ainda não tinham inventado a roda - adorava aquele detective maltrapilho que ladrava), Allo, Allo (imperdível), Black Adder (de morrer de rir, especialmente a época em que entrava o actor Hugh Laurie, hoje mais conhecido pelo papel desempenha como Doctor House), The Practice (os meandros da profissão, mas in the american way), The Sopranos (a fantástica máfia dos tempos modernos), Ally McBeal (empatia à primeira vista), Friends (excelente, do primeiro ao último episódio), Deadwood (por especial recomendação de José Pacheco Pereira), X-Files (porque the truth is out there), Lost (apesar de achar que, a dada altura, perdi o fio à meada), The West Wing (talvez a melhor de todas as séries; tenho agendado rever todas as sete épocas), ER (que me deixava sempre colada ao televisor) e Heroes (o que eu quero ser quando for grande).


Com igual ou maior entusiasmo acompanhei todos os programas de humor do Herman José e, hoje em dia, também gosto muito de ver o Conta-me como foi. Já não tenho é paciência para horários malucos, intervalos e publicidade, por isso tenho mais tendência para só ver DVDs.

Em breve, voltarei para distribuir os elos desta corrente.

Contra factos não há argumentos

Após ter sido encerrado devido a sérias pressões da parte de alguns deputados ao Parlamento Europeu, o site Parlorama, da responsabilidade de um antigo assistente parlamentar, foi reaberto no decorrer da semana passada.

Encontramos no Parlorama, pesados na mesma balança, os deputados europeus que mais trabalharam na legislatura que agora termina (2004-2009), os que mais deram o seu nome a relatórios e a pareceres, os que mais intervieram nas sessões plenárias, os que mais declarações escritas, perguntas parlamentares e propostas de resolução (co-) apresentaram e, evidentemente, os que tinham mais que fazer do que trabalhar, que trabalhar faz calos.

A lista dos deputados portugueses encontra-se aqui, mas é também interessante compará-los aos deputados dos restantes 26 países. Para o bem e para o mal.

Recomendações

Estação Carandiru por Drauzio Varella

Oui, chéri, c'est vendredi

Charlie Winston - Like a Hobo

E à noite

À tarde

De manhã

Dicas de Sucesso

Já está à venda o livro da Mónica. Muitos parabéns e votos de grandes vendas!

O meu exemplar, que comprarei em breve, esperará ansiosamente por um autógrafo.

Oui, chéri, c'est vendredi

Madonna - Jump

Eu também estou prestes a saltar. O blogue fica em auto-gestão por um curto período. Espero que saiba lidar com a pressão tão bem quanto eu.

Ideias brilhantes

Quando comecei a twittar, achava difícil resumir o que queria dizer em apenas 140 caracteres (de cada vez). Mas depois de alguns dias, comecei a achar que difícil era continuar a escrever textos grandes no blogue.

Estou verdadeiramente tentada a dar um cunho de twitter a este blogue. Mandar assim duas ou três frases por dia, sem qualquer pretensão ou desconsolo. E depois dar largas à conversa na respectiva caixa de comentários. Isso é que era!

Turismo da engorda

Cerveja

Biscoitos e guloseimas

Chocolates

Objecto de desejo

Não, desta vez não é uma Mandarina. Nem roupa, nem sapatos, nem pequenos gadgets. Desta vez é algo que estava previsto chegar ao mercado belga na segunda quinzena de Maio, pela qual eu já ansiava há meses para poder pôr-lhe a vista em cima, analisar todos os seus pequenos pormenores e, finalmente, saber quanto é que que custa. Mas parece que vou ter de esperar até Junho...

Oui, chéri, c'est vendredi

Ferry Aid - Let it be (1987)

Nunca gostei de nenhuma música dos Beatles interpretada pelos próprios.

Uma pessoa, para escrever, tem de sair à rua, atravessar passadeiras, frequentar as lojas do bairro, falar com pessoas, ver televisão, tratar de assuntos em repartições públicas, ler notícias interessantes nos jornais, ter vontade de se manifestar acerca das escandaleiras do país, conhecer alguém que tenha os sintomas da gripe A, ter um monte de papelada em cima da mesa do escritório e pouca vontade de lhe pegar (toda a gente sabe que o trabalho não azeda), ter uma boa história para contar ou, pura e simplesmente, ter jeito para escrever. Esta lista não pretende ser exaustiva.

Verificado um destes requisitos, é de todo conveniente que tenha também vontade para escrever ou algo que a obrigue a fazê-lo. Caso contrário, podem passar-se dias em que o blogue não sai do mesmo sítio e as pessoas que estavam normalmente habituadas a ler algo diariamente começam a aborrecer-se e, sobretudo, a esquecer-se de lá (cá) voltar.

Ler e dar a ler (2)

Dano colateral por Cristina Ferreira de Almeida.

Sócrates olha em volta, furioso:
- É asneira sobre asneira. Apre! E depois eu é que tenho que escrever aos pais das criancinhas para limpar a porcaria que vocês fazem!
Sentados em cadeiras baixas, os membros do pequeno grupo estão de olhos pregados no chão.
- E agora? Digam lá, alguém tem alguma ideia para abrir o jornal da TVI?
Silêncio constrangido.
- Sempre eu a ter que fazer tudo, não é? Muito bem. Mandem o Vital Moreira para o desfile da CGTP.
- Mas...
- Mas o quê? Têm uma ideia melhor?

No blogue Delito de Opinião.

Gotcha!

Finalmente, aconteceu o que os media portugueses por tanto ansiavam.

Venham de lá esses infindáveis directos!

Mais tempo para sonhar

Lembram-se de eu ter divulgado o Concurso Realiza o Teu Sonho?

Pois bem, o prazo de candidaturas ao mesmo foi alargado até ao próximo dia 15 de Maio. Ainda vão a tempo.

Mais um dia de mimos

Mãe, qualquer uma pode ser. Até já quiseram convencer-me de que qualquer um também, mas eu não vou em lérias.

Ser uma boa mãe é que já é mais difícil. Mas eu esforço-me nesse sentido, todos os dias, porque ele não pediu para nascer.

Hoje, também fui uma boa mãe. Durante a meia-hora em que tentei dormir uma sesta domingueira no sofá da sala, sorri sempre que fui objecto de ataques de beijos nas bochechas e de festas na cabeça.

Oui, chéri, c'est vendredi

É sexta-feira e é feriado. Eu não alteraria nada nesta paisagem.

Perfect Day (Lou Reed) por Lou Reed, Bono, Skye Edwards, David Bowie, Suzanne Vega, Elton John, Andrew Davis, Boyzone, Lesley Garrett, Burning Spear, Thomas Allen, Brodsky Quartet, Heather Small, Emmylou Harris, Tammy Wynette, Shane MacGowan, Sheona White, Dr John, Robert Cray, Huey, Ian Broudie, Gabrielle, Evan Dando, Courtney Pine, Brett Anderson , Visual Ministry Choir, Joan Armatrading, Lauire Anderson, Tom Jones e a Orquestra Filarmónica de Londres.